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Glossário de Artes Decorativas

FÁBRICA

 

Em pintura recebiam esta designação todas as casas ou ruínas que serviam de pano de fundo a um quadro. (7.p.76)

Termo usado para designar o conjunto de compartimentos de uma papeleira, de um escritório, etc. Os contadores portugueses caracterizavam-se por ter a fábrica à vista. (37.p.130)    

 

FACA

 

Instrumento de ferro, temperado com aço. Tem cabo e serve de trinchar. (26.p.6)

Utensílio destinado a cortar os alimentos. É constituído pelo cabo e pela lâmina. Quando o cabo é de outro material que não prata (ouro, osso, marfim ou outro), pode ser munido de uma virola. A forma e dimensões variam consoante a função, individual ou de serviço. Pode integrar um talher individual, quando associada a um garfo e a uma colher ou fazer parte de um faqueiro no qual pode ocorrer em inúmeras tipologias. (5.p.86)

 

FACA DE DOURADOR

 

Espécie de faca, de lâmina fina, flexível e de ponta redonda que serve para cortar e manusear o ouro e também para espalhar o pó de jaspe no coxim. Encadernador. (10)

FACA DE PAPEL

 

Instrumento constituído por uma lâmina fixa não cortante e por um cabo, destinado a cortar o papel dobrado. (5.p.87)

 

FACA DE SAPATEIRO

 

Faca de lâmina comprida e aguçada. Encadernador. (10) 

 

FACE

 

A face de uma estátua ou de uma imagem corresponde à parte frontal do corpo, pela qual ele se apresenta. A face de um relevo é aquela que serve de plano à escultura ou à inscultura. (8.p.124)

Superfície exterior natural de um cristal directamente relacionada com a estrutura cristalina. (5.p.140)

FACEIRÓ

 

Travesseiro. (40.p.261)

 

FACEIRÓÓ

 

O mesmo que faceiró. (40.p.261)

Ver FACEIRÓ.

FACETA

Superfície plana de uma pedra lapidada ou facetada. (5.p.140)

FACETA DO BISEL

Faceta quadrangular, geralmente em losango, da coroa. (5.p.140)
 

FACETA ESTRELA

 

Faceta triangular da coroa, normalmente em número de 8, que se dispõem radialmente em torno da mesa com a qual contacta pela base do triângulo. (5.p.140)

FACETA MEIA-ESTRELA

Faceta triangular da coroa que é contígua à meia-estrela inferior, separada desta pela cintura. (5.p.140)

FACETA MEIA-ESTRELA INFERIOR

 

Faceta triangular do pavilhão que é contígua à meia-estrela, separada desta pela cintura. (5.p.140)

FACETA PRINCIPAL DO PAVILHÃO

 

Faceta losangular alongada do pavilhão. (5.p.140)

FACISTOL

Mobiliário religioso. Estante de coro, cujo plano inclinado consiste numa escultura em forma de águia com as asas abertas. (4.p.52)

Ver ATRIL Ver ESTANTE DE CORO. Ver FALDISTÓRIO. 

 

FAC-SÍMILE

 

Reprodução de uma obra com absoluta fidelidade ao original (escrito, desenho ou pintura).

FAIANÇA

Produto cerâmico obtido através do revestimento da chacota com vidrado estanífero, sobre o qual se executa a decoração em pintura directa, por estampilha ou por estampagem. (2.p.108)

Termo utilizado para definir cerâmicas europeias pós-medievais vidradas a estanho.o termo advém do centro italiano de produção situado em Faenza. (12.p.138)

O termo pode utilizar-se para designar a escultura em terracota policromada e vidrada. A designação caracteriza a pasta de argila ou de barro que, após uma primeira cozedura, é coberta por uma substância à base de esmalte estanífero e depois pintada com óxidos metálicos. Durante uma segunda cozedura, o esmalte estanífero vitrifica-se, tornando a peça brilhante e impermeável. Pode denominar-se majólica. (8.p.125)

 

FAISÃO

 

Símbolo de beleza e de sorte. (14.p.275) 

FAIXA

 

Tipo de guarnição linear repetitiva que limita uma composição ou uma área de azulejos de cor lisa, geralmente com metade do tamanho do azulejo. (2.p.71)

Sinónimo de banda. Decoração esculpida disposta na horizontal. (8.p.125)

Superfície de uma moldura plana e pouco saliente. (5.p.120)

FAIXA DE ALVA

 

Faixa de seda branca com as pontas franjadas na mesma cor ou com fios de ouro ou prata e que permite ajustar ao tamanho do corpo de quem a usa. A faixa de ala foi, durante muito tempo, reservada aos bispos. (4.p.157) 

 

FAIXA DE SOBREPELIZ

 

Faixa de extremidades franjadas usada sobre a sobrepeliz pelos meninos de coro. (4.p.157)

 

FAIXEAR

 

Técnica que consiste em cobrir uma estrutura de madeira de menor qualidade com uma folha (1 a 2 mm de espessura) ou faixa (mais espessa) de uma outra madeira mais decorativa ou valiosa. (3.p.40)

Técnica idêntica ao folheado, mas aplicando-se uma folha de madeira de maior espessura – mais de dois milímetros – sobre uma estrutura de madeira de inferior qualidade. (38.p.231)

 

FALDISTÓRIO

Mobiliário religioso. Banco articulado com braços, em madeira ou metal sem costas. Segundo a dignidade real ou episcopal, era coberto com têxtil e acompanhado de um coxim para ajoelhar; colocava-se sobre um estrado.

Móvel de assento utilizado pelo prelado. A maioria dos exemplares conhecidos são executados em metal, ou mais raramente em madeira. Possui uma estrutura em regra rígida, habitualmente desprovida de espaldar mas sempre com braços. Deveria ser coberto de tecido de acordo com a cor litúrgica do dia, e era colocado em diante do altar. (3.p.57 e 100)

Cadeira de braços, dobrável, com os pés cruzados em X e sem espalda. Reservado ao bispo ou a um prelado de elevado nível hierárquico, utiliza-se em cerimónias litúrgicas especiais, na ausência da cátedra episcopal. Durante o uso, é colocado nos degraus do altar, no lado da Epístola, revestido a tecido e acompanhado por uma almofada que funciona como genuflexório. (4.p.27)

 

FALHA DE VIDRADO

 

Ausência de vidrado, normalmente, pontual, como resultado dos factores de desagregação a que a peça esteve sujeita. Pode ser caracterizada por recente ou antiga. (2.p.122)

 

 FALSA COPA

 

Revestimento que forma o terço inferior da copa de um cálice, em geral profusamente decorado, contrastando nitidamente com o trabalho liso da copa. (5.p.120)

FALSA-ESTALA DE CELEBRANTE

 

Assento de celebrante em forma de estala, mas cujo assento é fixo. (4.p.28)

 

FALSO

 

Um falso é uma obra de arte feita com a intenção expressa de ser comercializada ou de circular como uma outra diferente. Esta intenção afasta da noção de falso as réplicas feitas no atelier de onde precede o original pelo pintor ou pelos seus discípulos, as cópias feitas com intenção de multiplicar o modelo antes da reprodutibilidade mecânica da obra de arte, ou por razões de estudo e aprendizagem e, finalmente, as más atribuições, isto é, o reconhecimento em determinada fase, pela historiografia, ou pelo comércio, de uma autoria que mais tarde não se comprove. A história dos falsos remonta pelo menos à antiguidade romana, onde algumas esculturas importadas como gregas eram efectivamente forjadas para serem vendidas como tais. Na Renascença é célebre o caso contado por Vasari da falsificação de um Cupido Adormecido, feita por Miguel Ângelo e vendida como original antigo ao cardeal de San Giorgio, ou o caso do Retrato de Leão X, de Rafael, copiado por Andrea del Sarto a mando do Papa Clemente VII, que não queria desfazer-se do original que lhe tinha sido pedido pelo duque de Mântua, Frederico II Gonzaga. Muitas pinturas à maneira de Bosch, continuaram a ser feitas e (assinadas) por discípulos depois da morte do pintor, assegurando um mercado ávido. A cópia tinha, e continuará a ter até ao século XVIII um inequívoco sinal prestigiante da habilidade do copista, e muitas vezes é feita para fornecer colecções interessadas num enciclopedismo histórico, substituindo originais já pouco disponíveis, frequentemente a pedido do próprio coleccionador, mas para que esta se transforme em falso, deve ter a assinatura falsa ou de alguma forma a intenção do logro. A própria categoria de falso não é perfeitamente definível. Nela cabem situações muito diferentes. Por exemplo, há alguns anos, numa exposição do Museu do Chiado sobre Veloso Salgado, foram detectados alguns quadros com assinaturas falsas, que atribuíram a este artista obras de um pintor menos cotado e mais tardio J. J. Ramos. A assinatura falsa, feita com intenção de burla, ou para sublinhar uma atribuição existiu desde há muito, correspondendo a modas que nos podem parecer absurdas. O Atelier de Pintura de Vermeer teve no século XVIII uma falsa assinatura de Peter de Hooch, hoje menos valorizado do que aquele. Outra situação difícil de definir é a do híper-restauro, em que um pequeno fragmento de pintura é continuado com técnicas que pretendem não deixar entender a parte completada. Conhecem-se casos, por exemplo nos chamados “Primitivos Flamengos”, em que mais de metade da composição foi completamente refeita. A situação foi relativamente corrente no século XIX, quando os restauradores eram sobretudo artistas, habituados à execução de cópias, mas continuou, nos finais do século e no século XX, associada a uma tentativa de aumentar o valor comercial das obras, isto é, de alguma forma, a falsificar, ainda que uma parte da pintura seja verdadeira. A análise do suporte, a detecção de pigmentos ou ligantes que não se encontravam em uso na época e a análise à luz ultra-violeta são elementos de despistagem dos falsos, cuja detecção se torna mais difícil quanto mais contemporânea é a obra falsificada. (1.pp.89-90)

 

FALSO TÍTULO

 

Título de um livro, por vezes abreviado, que surge no recto da folha que antecede a página do título. (10)

 

FANQUE1RO

 

O que vende roupas de fora do Reyno. (26.p.32)

 

FAQUEIRO

 

Estojo de facas. (26.p.33)

Conjunto de talheres que obedece a uma mesma unidade formal e decorativa, destinado à utilização dos comensais e ao serviço dos alimentos à mesa. A quantidade de elementos que comporta pode variar bastante. Para além dos talheres de utilização individual, em número de seis, doze ou sucessivos múltiplos, compreende uma quantidade aleatória de outros talheres destinados ao serviço da mesa, e cuja diversidade acompanha os novos hábitos culinários particularmente no decorrer dos séculos XVIII e XIX. Alguns exemplos desta extraordinária variedade são: o garfo e a faca trinchantes, a concha de sopa, a concha de molhos, a concha de especiarias, a concha de mostarda, a colher de azeitonas, a colher de sal, a colher de sorvete, a colher de compota, a colher de sobremesa, a colher de tutano, o garfo de crustáceos, o garfo de ostras, o garfo de bolo, o garfo de melão, a faca de manteiga, a faca de bolo, a faca de peixe, a espátula para peixe, a pinça para espargos, o talher de salada, a espátula para bolos, a pinça e/ou concha para açúcar, etc., etc. No âmbito mobiliário português dos séculos XVIII e XIX são conhecidos os estojos verticais ditos de barretina (porque semelhantes à cobertura de cabeça militar), executados em madeira ou outros materiais e contendo no interior um número variável de talheres. A versão mais habitual apresenta doze facas, doze garfos e doze colheres, podendo, ocasionalmente, ser acompanhada de alguns talheres de serviço. (5.p.87)

 

FARPAR

 

Desfiar as cordas de forma a ficarem muito mais delgadas na ponta. Encadernação. (10)

 

FECHADURA

 

Mecanismo mais ou menos complexo, composto por elementos independentes, que, quando activado por meio de uma chave, bloqueia o acesso a gavetas, portas, etc. não deve ser confundido com fecho. Quando apresenta várias fechaduras, a arca designa-se por arca de universidade, de comunidade, de irmandade. (3.p.83)

 

FECHO DE PULSEIRA

 

Elemento de jóia, central, com metais e pedraria, ou eventualmente miniaturas, ao qual estavam presas fiadas de pérolas e aljofres, ou ainda fitas de tecido. (39.p.225)

 

FEITIO

 

No trabalho mecânico o feitio era a parte do pagamento de uma obra que recompensava o trabalho do artífice e não as despesas decorrentes do valor da matéria empregue. (1.p.91)

FELISA

 

Peça de roupa de cama. (40.p.261)

 

FENCAI

 

Literalmente “cores pálidas”. Aplica-se à família rosa. (14.p.275)

 

FENESTRADO

 

Ornamento em forma de janela, com arcada curva ou ogival. Tiras de madeira, com este formato, foram adoptadas em espaldares e tabelas vazados, de cadeiras portuguesas do terceiro quartel do século XVIII, formando diversos esquemas inspirados nos modelos ingleses propostos por Thomas Chippendale. (38.p.231)

 

FÉNIX

 

Segundo dos quatro animais sobrenaturais. A fénix tem uma cabeça como a do faisão, bico de andorinha, pescoço comprido, penas multicolores e cauda de pavão. O macho chama-se huang e a fêmea feng. Simboliza o sol, fertilidade, colheita abundante, boa sorte e longevidade. É uma mensageira dos Imortais Taoístas e emblema da Imperatriz. (14.p.275)

FÉRETRO

 

Mobiliário religioso. Na documentação antiga surge para designar o esquife. Ver ESQUIFE. (3.p.109)

 

FERRAGEM

Conjunto de elementos metálicos que complementa, reforça, protege e/ou decora um móvel. (3.p.37)

Termo genérico com que se indicam todas as aplicações metálicas para móveis. (53.p.31)

 

FERRO

É um metal branco, dúctil, maleável e muito resistente, que oxida em contacto com o ar. A protecção da superfície com mínio (óxido salino de chumbo conhecido como vermelhão ou zarcão) impede a oxidação. (8.p.125)

 

FERRO AZURADO

 

Ferro estriado de linhas oblíquas paralelas utilizado na decoração de encadernações. (10)

 

FERRO DE CHAMINÉ

 

O mesmo que cão de chaminé. (40.p.261) Ver CÃO DE CHAMINÉ.

 

FERRO DE HÓSTIAS

 

Molde utilizado na confecção e cozedura das hóstias. Geralmente em forma de pinça, é composto por um cabo comprido de dois braços, em cujas extremidades se inserem placas metálicas, com cunhos para as hóstias (grandes e pequenas) e apresentando, numa das faces, símbolos eucarísticos incisos. (4.p.127)

 

FERROS

 

Ferramenta usada para imprimir ornamentos em encadernações, constituídos por um cabo de madeira com extremidade metálica, na qual se encontram gravados, em relevos, os motivos decorativos a imprimir a quente sobre a pele. O ornamento assim obtido designa-se também por ferro. (10)

 

FESTÃO

 

Grinalda de flores, folhas ou frutos, frequentemente atados por laços. A parte central costuma ser semicircular, enquanto as extremidades são direitas e verticais. Tal como os troféus, a incorporação de outros elementos, símbolos e atributos depende do contexto decorativo ou arquitectónico dos festões. (25.p.349) 

Nome utilizado em arquitectura para designar um ornamento de flores entrelaçadas, frutos ou folhagens, mais largo ao centro e suspenso pelas extremidades num laço. (7.p.77) 

Ornato baseado numa grinalda pendente de flores, folhas, ramos e frutos. (8)

Ornato baseado numa grinalda pendente de flores, folhas, ramos e frutos. (2.p.90) 

Ornamento de flores e frutos entrelaçados numa grinalda. Também se utiliza o termo para outros conjuntos do mesmo tipo com troféus, instrumentos musicais ou cinegéticos, etc. (1.p.91)

Ornamento encurvado formado por folhas, flores, frutos e ramos enrolados e torcidos, formando grinalda, preso pelas extremidades. Este motivo integra o repertório decorativo Ocidental a partir do Renascimento. (38.p.231)

Motivo decorativo de feição curva, formado por flores, frutos e folhagens entrelaçadas, suspensas nas extremidades por meio de uma laçada. (5.p.120) 

Motivo decorativo baseado numa grinalda ou guirlanda de flores, folhas, ramos e frutos. (8.p.125)

 

FESTO

 

A dobragem do caderno no lado da costura. (10)

 

FIADA

 

Nome dado a um conjunto de pedras ou tijolos dispostos horizontalmente, que se colocam numa construção em camada contínua. (7.p.77) 

 

FIADORES

 

Ver TIRANTES.

 

FÍBULA

 

Nome dado a uma espécie de fivela, alfinete de segurança. É uma peça feita de materiais diversos (ouro, prata, bronze, ferro) e servia para apertar o vestuário. Foi muito utilizada na Antiguidade. (7.p.77) 

 

FÍCTIL

 

Ver TERRACOTA.

 

FIEIRA

O mesmo que damasquilho. (11.p.22)

(Termo de ourives) Chapa grossa de ferro com vários furos de diferente grandeza, por donde o tirador de ouro tira o fio, conforme a grossura, que quer. (26.p.109) 

Também designadas por “damasquilhos”, são placas de aço contendo orifícios cónicos de calibres decrescentes, através dos quais se vai reduzindo a secção do fio de uma forma gradual, passando-o sucessivamente através dos referidos orifícios, até à espessura final pretendida. Estes orifícios, que no caso do fio para filigrana são de secção circular, podem possuir diversas formas, como por exemplo: rectangulares, ovais, quadrados e triangulares. (5.p.140)

 

FIGA

 

Ornamento em forma de mão fechada com o dedo polegar sobressaindo entre o indicador e o médio. Aparece representando tanto a mão direita, como a esquerda, mas há quem defenda que este gesto é mais eficaz quando feito com a mão esquerda.

É usada como um amuleto contra o “mau-olhado” e produzida em diversos materiais, tais como ouro, vidro, jade, coral, madeira, osso, ónix e azeviche, sendo estas últimas as mais vulgares, juntamente com aquelas feitas em materiais pretos que o imitem. Quando em ouro, podem ser maciças ou ocas. As primeiras são fundidas e as segundas são estampadas em cunhos de aço, ferro ou bronze. Existem também algumas figas mais raras em azeviche que apresentam as unhas pintadas em ouro, os dedos decorados com anéis do mesmo material e, ainda, aros de ouro como pulseiras. (11.p.81)

 

FIGURA DE CONVITE

 

Painel de azulejos, cuja composição representa uma figura recortada em azulejo, representando à escala natural, lacaios, albardeiros, damas ou guerreiros em atitude de defesa, de recepção ou de indicação de direcções, colocadas em entradas, escadarias e jardins dos edifícios. Podem estar associadas a um silhar figurativo ou de padrão, de que se destacam, destacando-se a parte superior do corpo pelo recorte dos azulejos. (2.p.71) O termo identifica as esculturas de vulto aplicadas na proa de uma embarcação. (8.p.125)

FIGURA DE PROA

O termo identifica as esculturas de vulto aplicadas na proa de uma embarcação. (8.p.125)

 

FIGURA DE ROCA

 

Figura em que apenas a face e as mãos são tratadas de forma realista, sendo a volumetria corporal substituída por uma armação de madeira, destinada a ser vestida e feita para ser levada em procissão. É geralmente colocada num andor. (4.p.136) 

 

FIGURATIVO(A)

O termo refere-se às representações plásticas que têm a natureza como referente, em oposição a qualquer representação em que essa mimesis não é possível, como no informalismo. (8.p.125)Escultura de vulto, de pequenas dimensões, executada em barro, em marfim, em pedra ou em metal.

FIGURINHA

Uma figurinha tem uma dimensão em altura inferior a 25 centímetros. As tanagras, os biscuits de Sèvres são muitas vezes figurinhas. (8.p.125)

FILAÇA

 

Desperdício de algodão em rama. (40.p.262)

 

FILACTERA

 

Bandeirola ou fita de extremidades, enroladas, com inscrições religiosas, divisas ou legendas, normalmente sustentada por anjos. (2.p.90) 

Cercadura ou fita com as extremidades enroladas, imitando um pergaminho, concebida para ser preenchida com uma divisa, legenda ou inscrição de cariz religioso. (5.p.121)

 

FILETE

 

Elemento ornamental representando um fio fino. (2.p.90)

 

FILIGRANA

Técnica de decoração do metal executada com finos fios de ouro formando desenhos ou espaços vazados ou sobre o metal. A primeira recebe o nome de filigrana de integração e reveste espaços criados no esqueleto da peça; a segunda, designada por filigrana de decoração, adorna peças já completas. Em Portugal, a área geográfica de produção da filigrana é circunscrita, localizando-se os centros produtores de melhor qualidade nos concelhos de Gondomar, nos arredores do Porto, e da Póvoa de Lanhoso, perto de Braga. A filigrana produzida em Gondomar e a que se produz na Póvoa de Lanhoso apresentam diferenças, sendo a primeira mais apertada e executada com um fio mais fino e a segunda mais larga e feita com um fio mais grosso; assim as peças de Gondomar apresentam uma malha mais fechada e as da Póvoa de Lanhoso uma malha mais aberta. (11.p.25)

Técnica que consiste em torcer dois finos fios de ouro ou de prata, por vezes com a espessura de um fio de cabelo. Para efectuarem o filamento, os artesãos vertem o metal fundido sobre uma rilheira de fio, obtendo uma barra que depois de transformada, pode alcançar vários metros de fio muito fino e que, em seguida, transformam em filigrana. O processo de elaboração do fio tem início no laminador, que poderá ser mecânico ou manual: os rolos do laminador possuem canais entalhados de forma mais ou menos complexa. No decurso deste processo, o metal é submetido a tensões elevadas, resultantes da compressão exercida pelos rolos do laminador. Após a deformação a frio, e contendo uma certa taxa de endurecimento por deformação, o metal passa por um tratamento térmico (ver recozimento). Na fase subsequente, o fio a estirar é afiado numa das extremidades, de modo a entrar no orifício da fieira e permitir a sua fixação com uma tenaz, percorrendo os furos da fieira, no sentido decrescente, até se atingir a espessura pretendida. Esta operação pode ser realizada num banco de estirar ou com a fieira fixa num suporte de parede. No estiramento final, o fio é reduzido à espessura mínima e enrolado numa “bobine”. Nesta etapa enrolam-se dois fios com o mesmo comprimento, numa terceira bobine, fixa numa dobadoura, formando assim um fio duplo pronto para ser posteriormente enleado. A torcedura manual, é feita entre duas tábuas de madeira dura, num movimento ritmado, e mantendo os fios sob tensão, de forma a atingir um padrão uniforme e contínuo. A operação final, denominada de “bater o fio”, é executada num laminador de chapa, de modo a que duas das quatro secções do fio revelem o trabalho prévio da torcedura: o relevo denominado de “miligrife“ que simula o granulado. Os fios são depois enrolados na apanhadeira, formando meadas, também designadas por “madeixas“ ou “regueifas”, que são recozidas e depois branqueadas. Estes fios vão encher o esqueleto ou armação – feita com um fio chato, mais grosso e resistente, também denominado de parede da filigrana – que traça os contornos do objecto, funcionando como a estrutura da peça. O enchimento é acabado com buchela (pinça) e/ou tesoura. Após a armação ser completada com os motivos filigranados, as peças são soldadas e montadas, caso sejam constituídas por mais do que um elemento. Os fios também são aplicados directamente a uma superfície metálica, formando motivos decorativos. (5.pp.140-141)

FILIGRANAGEM

Ver FILIGRANA.

FILIGRANA DE APLICAÇÃO

 O fio surge como uma aplicação decorativa de uma superfície metálica. Existe uma integração do fio na decoração de peças, como ornato único, ou associado a pedras, esmaltes e decoração gravada a buril. Aparece em simbiose com a peça, sendo denominada de filigrana a “fio tirado”. (5.p.141) 

FILIGRANA DE INTEGRAÇÃO

A filigrana, como técnica de integração, liberta-se do suporte que ornamenta e assume-se como peça, através do enchimento com fio de filigrana de um esqueleto ou armação, adquirindo assim um estatuto de autonomia. (5.p.141)

 

FILITE

 

Linha direita ou curva, contínua ou ponteada, produzida na ornamentação de encadernações. (10)

 

FIN DE SIÈCLE

 

Data que se refere aos objectos e em geral às tendências dos derradeiros anos do século XIX. (5.p.33) 

FIRMAL

Adorno usado para prender mantos ou vestidos, ou encastoado em faixas na cabeça, surgindo muitas vezes a ornamentar as imagens ou estátuas esculpidas. (8.p.125)

FIRMEZA

 

Segurança de execução. (1.p.91)

 

FISSURA

Fenda, de profundidade variável, que não chega a separar os fragmentos, originada por um conjunto de solicitações físicas, de origem variada, a que o corpo cerâmico é submetido. (2.p.123) 

Pequena fenda da camada pictórica com origem no suporte, que pode criar um estalado profundo, vertical ou horizontal, consoante a direcção dos veios da madeira. (1.p.91)

 

FISSURA ESTRUTURAL

 

Fenda no objecto em chacota, de profundidade variável, que contudo não chega para o fragmentar. Este defeito poderá estar relacionado com uma pasta mal amassada e homogénea, logo com bolhas de ar no seu interior, resultar de uma secagem deficiente da pasta argilosa, ou ainda pelo aquecimento demasiado rápido da peça, no interior do forno. (2.pp.126-127)

 

FITOMÓRFICO

 

Motivo ornamental com inspiração no mundo das plantas. (2.p.90)

Em forma de planta ou de parte de planta (folhas, caules, ramos, etc.). 

Objecto artístico que tem a aparência de vegetal. (8.p.126)

Motivo decorativo com uma forma vegetal. (5.p.121)

 

FLANCO

 

Tem o mesmo significado que o lado de um corpo. (7.p.78)

 

FLECHA

 

Extremidade piramidal ou cónica de uma torre numa igreja. (7.p.78)

FLINT-GLASS

 

Cristal obtido pelos ingleses no século XVII, muito rico em óxido de chumbo que o torna transparente e brilhante, mesmo quando muito espesso. O flint-glass era trabalhado sobretudo com incisões e entalhes. (5.pp.33-34)

 

FLOR

 

O direito do couro. Encadernação. (10)

 

FLORÃO

 

Motivo floral, mais ou menos estilizado, podendo apresentar-se em forma de losango, usado na decoração de encadernações. (10)

Ornato baseado na estilização em relevo de uma flor circular. (2.p.90) 

Ornamento em forma circular ou grinalda pendente de inspiração clássica, em que pode combinar-se toda a espécie de folhas, flores, conchas ou outros elementos. Ornato baseado na estilização em relevo de uma flor circular. (25.p.350) 

Elemento decorativo. Estilização em relevo de uma flor. (8.p.126)

Ornamento de forma circular ou com a configuração de uma flor estilizada, usado frequentemente no centro de um tecto, no fecho de uma abóbada ou de um arco. (5.p.121)

É todo o elemento arquitectónico que tem forma de flor.

Pequeno ornamento isolado cujo protótipo é uma flor aberta, interpretada e modificada num sentido ornamental. 

 

FLOR-DE-LIS

Do francês fleur-de-lis. Flor estilizada de três pétalas habitualmente usada na heráldica e como motivo decorativo. (5.p.121)

FLORES DAS QUATRO ESTAÇÕES

 

A ameixieira representa o Inverno, simboliza a beleza;

A peónia representa a Primavera, simboliza a saúde;

O lótus representa o Verão, simboliza a pureza;

O crisântemo representa o Outono, simboliza a amizade sólida. (14.p.275)

 

FOGAREIRO LITÚRGICO

 

Recipiente com brasas para preparar o fogo necessário à incensação e para alumiar o círio pascal, durante a liturgia do Sábado Santo. Geralmente apresenta três pés ou é colocado sobre um tripé, mais ou menos elevado; faz-se acompanhar por uma tenaz e uma pá para o carvão. (4.p.145)

 

FOGUEIRA

 

Cozedura de cerâmicas sem utilização de forno. A cozedura é levada a cabo numa fogueira ou estrutura semelhante, efectua-se rapidamente e com economia de combustível. Dado os objectos estarem em contacto com o  combustível e com o fogo, observa-se falta de uniformidade na cor das peças. As temperaturas atingidas com este tipo de cozedura são baixas ( na ordem dos 600-800º C), resultando que as cerâmicas são mais friáveis do que as cozidas em forno a altas temperaturas. (12.p.138) 

 

FOLHA

 

Ornato em forma de folha vegetal, sendo muito corrente o uso convencional das de acanto e as de louro. (2.p.91)

Um dos “Oito Emblemas Budistas”. Uma planta de bom auspício, que afasta a doença e os maus espíritos. (14.p.275) 

Fina lâmina composta por uma liga metálica de ouro, de prata ou de outro metal. (5.p.141)

 

FOLHA DE LIVRO

 

Cada um dos rectângulos de papel que constituem o livro. A parte impressa, ou manuscrita, dum lado e outro. (10)

 

FOLHA DE MÁQUINA

 

À folha de papel onde esta impresso determinado número de páginas. (10)

FOLHA DE OURO

Fina lâmina de ouro. (8.p.126)

Ver PÃO DE OURO.

 

FOLHA DE PORTA

 

O mesmo que batente ou parte alíquota de uma porta múltipla que fecha um mesmo vão. Cada uma das peças articuladas da dobradiça, que pregam nos umbrais e pinázios. Numa porta de vários “batentes” existe uma “folha” fixa e os móveis que lhes correspondem. (40.p.262)

 

FOLHA DE PRATA

Fina lâmina de prata aplicada sobre as superfícies a decorar do mesmo modo que a folha de ouro. A folha de prata oxida facilmente e as superfícies sobre as quais foi aplicada mostram-se muitas delas enegrecidas. Normalmente, é revestida com um verniz que lhe dá uma tonalidade de ouro pálido. (8.p.126)

FOLHA-DE-FLANDRES

 

Ferro branco, batido e estendido em folhas delgadas, e passadas por estanho fundido, que as faz brancas. (26.p.159)

 

FOLHAGEM

 

Designação que se dá a uma decoração esculpida, cujos motivos surgem como se fossem folhas e que se encontra com frequência na arquitectura gótica. (7.p.79)

Ornamento constituído por um conjunto ou ramos de folhas. (2.p.91).

Folhas, conjunto de folhas com fins decorativos, sendo frequente a sua utilização sob a forma de enrolamento, daí que se fale de enrolamento de folhagem. (25.p.350)

Decoração efectuada sob a forma de folhas. (5.p.121)

 

FOLHAS DE GUARDA

 

Folhas de protecção inicial e final. (10)

 

FOLHAS METÁLICAS

 

Folhas que servem para colocar sob as pastas. Encadernação. (10)

 

FOLHEAR

Técnica que consiste em cobrir uma estrutura de madeira de menor qualidade com uma folha (1 a 2 mm de espessura) ou faixa (mais espessa) de uma outra madeira mais decorativa ou valiosa. (3.p.40)

Técnica que consiste em revestir a carcaça, ou estrutura de um móvel com folhas de outra madeira, geralmente exóticas. A espessura mais fina destas folhas distingue esta técnica do faixeado, na qual a espessura das faixas ultrapassa os 2,3 mm. (37.p.130)  

 

FOLHETA

 

Folha de metal colocada junto ao metal da peça e sob uma gema de coloração menos forte ou transparente, de modo a parecer uma outra gema; outras vezes, para acentuar a coloração das mesmas. Assim, podiam colocar-se folhetas prateadas para acentuar o brilho dos cristais de rocha, ou alaranjadas sob cristais, para se assemelharem a topázios, enfim. O introdutor da técnica das folhetas em Portugal foi Augusto Ludovico Thimne. (39.p.225) 

Pequena folha metálica reflectora muito fina, antigamente obtida a martelo, a partir de ouro, prata, cobre ou outra liga metálica, que podia ser tingida com pigmentos. Este forro era habitualmente colocado atrás das pedras engastadas em cravação fechada para lhes melhorar o seu brilho e/ou cor. (5.p.141)

 

FÓLIO

 

Folha de um livro europeu (em papel ou pergaminho), constituída por duas páginas, ou seja, recto (página do lado direito de um livro aberto) e verso (páginas do lado esquerdo). Nos livros islâmicos, o recto corresponde à página do lado esquerdo e o verso à do lado direito. (10)

 

FONTE

 

Recipiente de aplicação parietal para água, geralmente com tampa e uma torneira na base, que está associada a uma bacia móvel. (2.p.72) 

Conjunto arquitectónico ou composição esculpida, provido de um sistema de adição de água dissimulado no seu aparelho ou nos elementos esculpidos (em relevo ou em vulto), deitando um jorro de água recolhido numa bacia/taça inferior. (8.p.126)

 

FONTE DE SACRISTIA

 

Lavabo de sacristia encimado por um reservatório com torneira. (4.p.48)

“FORA-A-FORA”

Tipo de união de “furo e respiga” em que a extremidade da é visível. (38.p.231)

FORMA

Em escultura, a forma resulta da composição dos volumes das várias partes constituintes da massa. (8.p.126)

FORMA COMPÓSITA

 

Forma de recipiente cerâmico cuja silhueta é marcada por ângulos ou intersecções, mas é desprovido de pontos de inflexão, a forma compósita é formada pelo uso conjunto de várias formas geométricas simples (por exemplo, uma semi-esfera e um cilindro). (12.p.138)

 

FORMATO

 

Termo usado para descrever a representação física de um livro. No sentido restrito, refere-se ao número de vezes que uma folha de papel foi dobrada para dar origem a um caderno, por exemplo, formato in-4º. (10)

 

FORNO

 

Estrutura na qual as cerâmicas são cozidas. Geralmente consiste numa câmara de combustão para o fogo e uma câmara de cozedura onde se colocam as peças. Opõe-se a cozedura em fogueira ou soenga. As características mais importantes dos fornos são as altas temperaturas atingidas e o facto de as peças não estarem em contacto directo com o fogo. Um forno é apropriado para a cozedura de cerâmicas com argilas de textura muito fina e cerâmicas que requerem altas temperaturas de cozedura. Ver ATMOSFERA). (12.p.139)

 

FORRO

 

Ver FOLHETA.

FOTOCERÂMICA (Técnica)

 

Técnica de decoração a partir de um procedimento fotográfico de revelação, não permanente e que só deve ser usado em peças não funcionais. A superfície da peça esmaltada e cozida, é molhada com uma emulsão líquida. Depois de seca, é exposto, sobre a peça, o negativo fotográfico e a imagem é revelada e fixada. (2.p.108)

FOTO-ESCULTURA

Técnica escultórica contemporânea que consiste na passagem de imagens fotográficas para dimensões tridimensionais. (8.p.126)

 

FOTOLITO

 

É o filme gerado a partir da composição de um livro pronto para impressão. (10)

 

FOTOLITO DIGITAL

 

Fotolito próprio do sistema de edição electrónica, produzido directamente do arquivo digital, que contém a arte final do trabalho a ser impresso. (10)

 

FRACTURA

 

Abertura estreita, geralmente planar, observável a olho nu, normalmente tida como indesejável à qualidade das gemas. Propriedade física dos materiais que corresponde à forma reentrante particular, ou eventualmente saliente, que é deixada no material após, por exemplo, uma pancada forte (p. ex. fractura concoidal em quartzo ou vidro). (8)

Separação total ou parcelar de partes de uma peça, resultante de um choque físico violento ou da fissuração interna da pasta. Pode ser caracterizada por recente ou antiga. (2.p.123)

 

FRAGMENTO

Partes constituintes da peça, após a fractura. (2.p.123) 

Parte de uma obra que se encontra desmembrada. O fragmento de um grupo pode estar íntegro ou apresentar lacunas. Uma escultura de vulto destacada por ruptura de um grupo escultórico não é considerada uma imagem ou uma estátua isolada, e sim um elemento fragmentário de um grupo. (8.p.126)  

 

FRAILEIRO

 

Nome dado em castelhanos aos móveis de assento de estrutura rígida e ortogonal usados desde os finais do século XVI, pelos membros das ordens monásticas. Têm geralmente duas travessas laterais junto ao chão a unir as pernas, apresentando a testeira decorada. A designação “cadeira inteira” respaldada  de pernas verticais e assento rectangular, refer-se a um móvel com estrutura idêntica, em oposição às cadeiras quebradiças. (3.p.57)   

 

FRANJÃO

 

O mesmo que “franja larga”. (40.p.262)

 

FRASCO

 

Recipiente destinado a guardar líquidos, pós ou ervas aromáticas. Geralmente com bojo amplo, tampa, gargalo curto e bocal estreito. (2.p.72)

(Termo de Ourives) He huma caixa, em que esta a areia, com que

se molda. (26.p.204)

 

FRASQUEIRA

 

Vaso, a modo de caixa, ou arca pequena, com repartimentos para frascos. (26.p.204)

 

FRENTE

 

A face em que o livro começa. Por vezes, o lado paralelo ao lombo, quando não tem a goteira formada. (10)

Designação usada para referir a face dianteira da cómoda, podendo ser rematada inferiormente por um saial. (3.p.89)    

 

FRIGIDEIRA

 

Recipiente largo, aberto e com paredes baixas, próprio para uso no fogo a altas temperaturas. (12.p.71)

 

FRISO

 

Tipo de guarnição simples para composições de azulejo, constituído por secções rectangulares de um terço ou um quarto de um azulejo. (2.p.72)

Em arquitectura designa a parte superior do entablamento entre a cornija e a arquitrave, aplicando-se o termo, deste modo, à faixa que suporta a cimalha nas peças de mobiliário, com forma arquitectónica. De uma maneira geral designa uma faixa ou banda contínua, decorada ou não, numa superfície plana. Fina moldura que percorre e sublinha o perímetro de determinados elementos de peças de mobiliário, particularmente os recortes inferiores do aro de cadeiras, cómodas e mesas de encostar. (38.p.231) 

Elemento de arquitectura constituindo uma banda horizontal aplicada sobre uma parede, interior ou exterior, normalmente decorada com relevos. (8.p.126)

Faixa decorativa horizontal sobretudo empregue na ornamentação da arquitectura, mas igualmente nas artes decorativas. (5.p.121)

 

FRONHA

 

O panno, que imediatamente encerra a lã do travesseiro. (26.p.218)

 

FRONTAL DE ALTAR

Painel de azulejos para revestimento da face da frente dos altares, utilizados do século XVI ao século XVIII. É constituído por três partes: a superior designada sanefa, as laterais, sebastos, e a central, o pano, podendo este último ser inteiro, bipartido ou tripartido. Por vezes as faces laterais podiam ser guarnecidas com vasos floridos.

Na decoração do século XVII é evidente a influência de frontais têxteis, imitando os bordados europeus nas sanefas e sebastos, e nos panos inspirando-se em tecidos estampados vindos da Índia. (2.p.72)

Mobiliário religioso. A face dianteira de um altar. (3.p.110)  

Parte do ornamento de altar colocado na face anterior do altar. Em Portugal é frequente o revestimento da face anterior do altar em painéis de azulejo. (4.p.22)

O paramento de seda, ou outra matéria, com que se orna a parte dianteira do altar. A cor delle há-de ser vermelha, branca, roxa, verde, ou negra, segundo o prescrevem as rubricas da Igreja. (26.p.218)

Elemento decorativo colocado a revestir a parte da frente de um altar, podendo ser feito em prata, apesar de habitualmente ser em tecido. Na parte superior podemos encontrar a frontaleira e na parte inferior os campos, sendo as tiras laterais designadas por sebastos. (29.p.513)

Painel que guarnece a parte da frente do altar, revestimento feito habitualmente em tecido ou azulejo. O frontal de altar em prata reproduz as diferentes partes do revestimento têxtil, constituído por frontaleira (barra superior), painéis, sebastos (tiras verticais que separam os painéis) e barra inferior. (5.pp.87-88)

 

FRONTALEIRA

 

Sanefa, que se põem na parte superior de huma cortina. (26.p.218)

 

FRONTÃO

 

Termo arquitectónico utilizado para designar o remate triangular, que pode ser colocado no topo de um armário. Pode ser interrompido ao centro, sendo preenchido com um elemento decorativo ou uma peça de porcelana. (3.p.93)

Cimo de um edifício ou de alguns móveis situado na parte superior do entablamento. Inicialmente assumia a forma de um triângulo, passando a apresentar diversas formas sobretudo a partir do Renascimento. No mobiliário as formas mais comuns são o frontão curvo, interrompido e recortado. (38.p.231)

 

FRONTISPÍCIO

 

Ilustração representada no início do livro, face à página de título. (10)

FRUTEIRA

 

Taça usada para servir ou expor fruta, natural ou artificial. É um recipiente com o covo mais ou menos profundo sore um pé central, estrutura que se pode desenvolver num conjunto de recipientes sobrepostos e decrescentes, encaixados sucessivamente pelo centro. (2.p.73)

 

FUGIR

 

Efeito de afastamento dado pelo colorido a objectos, edifícios ou paisagem colocados no fundo dos quadros, para acentuar o seu afastamento, não só pela diminuição, mas também pela utilização do branco e do azul celeste muito claro que acentua o efeito de afastamento da vista. (1.p.91)  

 

FUNDAME

 

Ouro em pó extremamente fino polvilhado densamente num fundo de laca húmido. Dado que é bastante fino para ser polido, a superfície resultante é suave e baça. (15.p.247)

 

FUNDENTE

 

Matérias que se adicionam aos vidrados para fazer diminuir o ponto de fusão de matérias de alta temperatura. Adicionadas aos óxidos, permitirão uma maior aderência ao suporte (vidrado ou chacota). Os fundentes alcalinos favorecem uma vitrificação mais lenta e progressiva. (2.p.108)

 

FUNDIÇÃO

 

Consiste na arte de derreter ou transformar metais em líquido. Tem como finalidade fabricar objectos, já que o líquido obtido é deitado em moldes, previamente confeccionados. (7.p.82)

Processo que submete o metal a uma temperatura de 1200º C para tornar o ouro maleável para fabrico. A duração deste processo varia de acordo com a quantidade de metal a fundir e a máquina utilizada. A fundição é feita em máquinas eléctricas, para pequenas fundições, e em fornos a gás para grandes fundições. Pode, ainda, ser realizada através de um maçarico, para o caso de injecção de ar. (11.p.26)

Processo escultórico aditivo. Conjunto de operações que permite obter segundo um modelo um ou mais exemplares em matéria metálica, saindo cada um deles de um molde. Distinguem--se dois grandes processos de fundição: a fundição a cera perdida e a fundição a areia. A fundição a areia implica que o molde seja produzido numa areia muito fina mas muito compacta; as obras a fundir através deste processo não são muito complexas, ou quando aplicado nestes casos, obriga à fundição em várias partes. (8.pp.126-127)

Processo técnico de fundir e moldar metais através do seu vazamento em moldes. Podem definir-se diferentes processos: Fundição a cera perdida – nesta técnica o protótipo é, em primeiro lugar, realizado em cera, para, posteriormente, ser envolvido por um molde de barro ou gesso. O metal fundido, depois de derretida a cera que escoa por um dreno, vai preencher o espaço compreendido entre a alma de argila e o molde de gesso. Fundição a areia (também designada por fundição em caixa) – a areia deve ser muito fina, estar bem limpa e compacta. Esta é colocada numa caixa de madeira ou metal, também designada por frasco devido ao seu formato. Os moldes das peças são colocados na areia de uma das metades do frasco e batidos de modo a decalcar a sua forma na areia húmida. Seguidamente, coloca-se a outra metade do frasco, ainda vazia, sobre a primeira, devidamente alinhada e, gradualmente, enche-se de areia, ficando assim os moldes impressos nas duas metades do frasco. Depois de aberto e da remoção dos moldes, o ourives abre os canais de vazamento para verter o metal fundido. Deste processo resultam as peças já moldadas, constituindo a forma de uma árvore que é desmembrada com uma tesoura ou serra, sendo as arestas mais grosseiras desbastadas com limas. (5.p.141)

 

FUNDIDOR

Especialista encarregado de deitar o bronze em fusão durante a execução a cera perdida ou a areia. Identifica a pessoa física ou empresa encarregadas de fabricar um ou mais exemplares autênticos em bronze segundo um modelo fornecido por um escultor; estes exemplares trazem normalmente a marca do fundidor. (8.p.127)

FUNDO

 

Plano horizontal inferior de um móvel, podendo ser fixo ou amovível. (3.p.83)

Parte da composição de uma pintura que enquadra as figuras ou as formas principais do quadro, que dele sobressaem. (1.p.91)

 

FUNDO (Recipiente)

 

Face interna da base de um recipiente. (2.p.73)

FUNIL

Do provençal fonilh que, por sua vez, deriva do latim fundı˘bulum. Receptáculo covo com fundo transfurado e munido de um tubo, destinado a coar as impurezas do vinho. Por vezes o tubo apresenta-se curvado na extremidade para permitir que o vinho bata na parede interna da garrafa e não levante pé. Pode ter uma argola de suspensão. (5.p.88)

 

FURO E RESPIGA

 

Designa a união de duas peças mediante a inserção de um segmento projectado (respiga) numa abertura correspondente (furo). (3.p.40)

Processo de união (samblagem) de duas peças (elementos) de madeira em que uma delas possui, numa das extremidades, um espigão ou saliência, (geralmente de secção rectangular), que se insere numa abertura, feita na outra peça, na exacta forma da respiga, encaixando perfeitamente. Esta união é quase sempre reforçada com uma ou mais cavilhas de travação. Um dos processos de samblagem mais antigos e dos mais utilizados em marcenaria. (38.p.231)  

 

FURTA-FOGO

 

Lanterna de furta-fogo. (26.p.240)

 

FUSO

 

Peça de-páo roliça grossa na base, que vem afinando-se , e adelgaçando-se para cima; alguns tem huma ponta de forro com corte .espiral até à ponta , e outros cabecinha nella; deste instrumento usão as mulheres para torcer o fio , que fiam , e enrolá-lo nelle até fazer certa grossura. (9.p.646)

 

FUSTE

Elemento de arquitectura. Parte central da coluna; apresenta-se geralmente com uma secção cilíndrica, podendo ganhar uma forma troncocónica ou galbada. Quando é executado numa só peça, denomina-se monolítico; quando se compõe de vários elementos diz-se aparelhado, composto por tambores sobrepostos. A superfície do fuste pode ser lisa ou canelada. (8.p.127)

FUSTETE

 

Páo amarello , que serve na tinturaria. (9.p.646)

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