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Glossário de Artes Decorativas

PADRÃO

 

Composição regrada pela repetição de uma mesma unidade decorativa, o módulo. Em azulejo foi largamente utilizada na primeira metade do século XVI com azulejos hispano mouriscos e, na segunda metade desse século, desenvolveu-se com decoração em faiança conduzindo a uma imensa variedade ao longo do século XVII. O padrão foi recuperado na segunda metade do século XVIII, em consequência do terramoto de 1755, passando, em meados do século XIX, a revestir as fachadas dos prédios. (2.pp.77-78)

 

PADRÃO DE ENGRADADOS

 

Trata-se de um padrão geométrico ou em espiral recortado em couro ou papel sobre um fundo colorido usado nas encadernações. (10)

 

PADRÃO GEOMÉTRICO

 

Motivo geométrico de linhas verticais, entrecruzadas em ângulos rectos, por vezes quebradas mas, mais frequentemente, aplicadas num padrão contínuo. Muito utilizado na arte greco-latina como parte da ornamentação arquitectónica. Também usado de forma continuada na Idade Média, devido ao interesse por este tipo de padrão.  (25.p.350)

 

PÁGINA

 

Cada face da folha do livro. (10)

 

PAINEL

Tem vários significados de que se destaca principalmente a pintura executada sobre tela ou madeira. (7.p.133)

Superfície plana limitada por molduras e caixilhos em que geralmente se dividem portas e superfícies amplas de móveis de grandes dimensões. (38.p.232)

PAINEL DE AZULEJOS

 

Composição formada por um número variável de elementos cuja leitura constitui uma unidade formal, funcional e estética. (2.p.78)

 

PAINEL-RELICÁRIO

 

Mobiliário religioso. Superfície plana, em regra emoldurada, destinada à recolha e exposição de uma ou mais relíquias. (3.p.114)

 

PAÍS

 

Pintura de paisagem. Vista de campo. (1.p.100)

Termo de Pintor. Painéis, em que estão representados arvoredos, prados, fontes, casas de prazer, e outros aprazíveis objectos do campo. (33.p.187)

 

PAISAGEM

Trata-se de um dos géneros clássicos da pintura que despontou, autonomamente, no século XVI, para se desenvolver nos séculos seguintes ligado ao colecionismo, primeiro, e depois a um entendimento filosófico da natureza como lugar do belo ideal e heróico (Poussin), de apelo bucólico e pastoril (Claude Lorain), ou força dramática do sublime (românticos). Antes de se constituir como género autónomo, a paisagem foi ocupando cada vez mais destaque na economia das composições, religiosas ou mitológicas, como acontece por exemplo na pintura de Patinir. Alguns quadros, aliás, a que damos hoje significações, como a “Tempestade”, de Giorgione, foram descritos no século XVI como paisagens. O termo abarcaria por certo também figurações simbólicas de provérbios e calendários de origem tardo-medieval, e ocuparia especialistas nas oficinas maiores. Contudo é sobretudo a partir da pintura holandesa do século XVI, vencidos os comentários jocosos e as reservas académicas, que a pintura de paisagem como arte maior de representação da realidade visível se institucionaliza e ganha adeptos capazes de teorizar em sua defesa, como Norgate e Huygens. (1.p.99-100)

Pintura, vista, ou representação de terras, campos. (27.p.147)

 

PAISISTA

 

Termo de pintor. Aquelle que tem génio para fingir bem arvoredos, longes, prados, fontes, e lugares campestres. (33.p.188)

 

PAIZ

 

Na Pintura, ver paisagem. (27.p.147)

 

PALA

 

Painel, de razoáveis dimensões, que ocupa a totalidade da decoração de um altar. (1.p.100)

Pano sagrado que cobre o cálice e a patena durante a missa. De forma quadrada e rigidamente engomado, é composto por uma ou duas peças de tecido, geralmente reforçadas internamente com um cartão e decoradas por um galão ou uma renda estreita ao longo da orla. A face interior deve ser de cânhamo ou linho branco; a face superior, assinalada por uma cruz, pode ser em tecido mais rico, com trama dourada ou prateada, ou seguindo as cores do tempo litúrgico, excepto o negro. A face superior pode ser coberta com uma placa de prata decorada. (4.p.74)

 

PALANGANA

 

Vaso de barro de muita circunferência, e pouco pé, serve de dar água para lavar as mãos. (27.p.148)

 

PALETA

 

Ferro usado para decorar os compartimentos da lombada de um livro encadernado. (10)

Para além do objecto, pequena tábua em que os pintores misturam as cores, o termo designa de uma forma geral o colorido de um artista, podendo assim falar-se de uma paleta larga ou estreita, vibrante, soturna, etc. (1.p.100)

Taboazinha, em que o Pintor tem as tintas, que vai aplicando. (27.p.149)

 

PALHETÃO

 

Peça que se salienta, em esquadria, na parte inferior da haste das chaves, de secção variável e geralmente com rasgos nas faces menores e sulcos nas maiores. Faz funcionar, por rotação da chave, o maquinismo da fechadura, obrigando a lingueta a sair. (40.p.268)

 

PALHINHA

 

“Rotim da Índia” uma espécie de junco cuja casca se corta em finas tiras, com que os “fabricantes de palhinha” formavam encanastrados de vários desenhos que aplicavam em assentos de cadeiras, canapés e outros móveis de assento e descanso. Este tipo de guarnecimento, mais leve e arejado, tornou-se no processo de guarnecer móveis de assento, mais em voga na época de D. Maria I, sendo a palhinha por vezes dourada. (38.p.233)

 

PALIMPSESTO

 

Pergaminho raspado para ser novamente escrito. (10)

 

PÁLIO

 

He a modo de sobreceo de hü leyto, cercado de suas sanefas, e preso debaixo do qual leva o Sacerdote o Santíssimo Sacramento em procissões, e outras funções eclesiásticas. Também em certas ocasiões se vão receber príncipes eclesiásticos ou seculares debayxo do palio. (33.p.205)

Ver DOSSEL.  

 

PÁLIO PROCESSIONAL

 

Dossel móvel sustido sobre o presbítero que leva, na procissão, o Santíssimo Sacramento ou, na Quinta-feira Santa, os Santos Óleos, bem como sobre relíquias, imagens religiosas ou altos dignitários. É constituído por quatro, seis ou oito varas, levadas por homens e que sustentam uma armação em tecido (ornamento de pálio processional). (4.p.60)

 

PALITEIRO

 

Recipiente para guardar ou dispor palitos para os dentes. De formas variadas, em caixas poligonais com orifícios, são, com maior frequência, figurativas, com superfícies com pequenos orifícios. (2.p.78)

O estojo de palitos. (33.p.202)

 

PALMATÓRIA

 

Castiçal pequeno e baixo com prato, asa ou cabo. (2.p.78)

 

PALMETA

 

Ornamento com características vegetalistas. (7.p.135)

Ornato formado por pequenas folhas dispostas em leque, imitando a folha de uma palmeira. A palmeta é também usada para a decoração dos elementos de terracota que nas coberturas formam a extremidade das filas de telhas côncavas. (2.p.93)

 

PALMITO

 

Ramo bento, de palma, geralmente entrançado e adornado de flores ou fitas, de forma a tornar-se uma composição decorativa. Pode ser substituído por um ramo de palma artificial em metal dourado. (4.p.107)

 

PAMPANO

 

Ramo de vide com folhas e cachos usado na ornamentação. (1.p.100)

Ornato em forma de ramo de videira com folhas e cachos de uvas. (2.p.93)

PANELA

 

Vasilhas de corpo globular e boca larga, com uma ou duas asas. Destinar-se-ia a coxinhar alimentos. (12.p.71) 

Vaso de barro, em que se coze carne, hervas, e outras cousas de comer. (33.p.222)

 

PANICO REI

 

He hum pano de algodão, muyto fino, que vem da Índia. (33.p.223)

 

PANICOS

 

São huma casta de roupa branca,que vem de Hamburgo. (33.p.223)

 

PANNIER

 

Saia de anquinhas. Peça interior feminina composta por uma armação ligeiramente achatada à frente e atrás, mas que podia atingir três metros ou mais de circunferência dada a extensão das suas “ancas”. (16.p.23)

Vestido adoptado pelas senhoras francesas, por volta de 1718/1719, possuindo armações internas que lhes conferiam enormes saias arredondadas. Esta moda foi rapidamente adoptada por toda a Europa. (38.p.233)

 

PANO

 

Ver FRONTAL DE ALTAR.

 

PANO DA PIA BAPTISMAL

 

Peça geralmente em renda ou de tecido com ornatos bordados, que é colocada em torno do recipiente da pia baptismal como ornamento. (4.p.84)

 

PANO DE ALTAR

 

Banda em tecido, com decorações e, por vezes, franjas ao longo da orla inferior. Suspensa ou presa ao bordo da mesa, pende sobre a parte superior da face dianteira do altar e, por vezes, sobre as laterais. (4.p.80)

 

PANO DE AMBÃO

 

Banda de tecido, comprida, geralmente em seda e seguindo as cores do tempo litúrgico; cobre o ambão até ao solo. (4.p.67)

 

PANO DE CADEIRA

 

Provavelmente um pano de tecido rico e decorativo com que se cobria toda a cadeira, ficando, porém, solto dela. (40.p.268)

 

PANO DE COCEDRA

 

Pano que se colocava sobre a cocedra e constituía a base da roupa de cima das camas. (40.p.268)

 

PANO DE ESTANTE DE MISSAL

 

Tecido rectangular que cobre a estante de missal. Geralmente, segue as cores do tempo litúrgico. (4.p.80)

 

PANO DE FALDISTÓRIO

 

Tecido que cobre o faldistório e cai nos quatro lados. Segue as cores do tempo litúrgico. Os pendentes podem ser decorados com as armass do bispo que utiliza o faldistório. (4.p.65)

 

PANO DE GENUFLEXÓRIO

 

Tecido rectangular que cobre o genuflexório. Conforme as cerimónias, o pano de genuflexório segue as cores do tempo litúrgico ou corresponde à dignidade daquele a que se destina e de quem pode apresentar as armas ou insígnias. O pano genuflexório é: de veludo de seda vermelha , para o Papa; de seda vermelha, para um cardeal, soberano ou príncipe; de seda verde, para um cardeal; de lã vermelha, para o clero; roxa para um bispo de passagem na diocese, um governante e para todos, em tempo de luto ou penitência; sempre nas cores do tempo litúrgico, para um abade. (4.p.65)

 

PANO DE PINTOR

 

He hüa sorte de pano crú, sobre o qual se pinta, e tem diversos nomes, Brim, Setelarao, linhagem, etc. (33.p.225)

 

PANO DE PÚLPITO

 

Banda de tecido que é suspensa à frente da caixa do púçpito. Segue geralmente as cores do tempo litúrgico. (4.p.67)

 

PANÓPLIA

 

Motivo decorativo composto de armaduras ou outros artefactos militares. (1.p.100)

 

PANORAMA

 

Representação do aspecto exterior de uma cidade. (1.p.100)

 

PANOS DE RAZ

 

Tapeçarias. (33.p.224)

PAPEL MARMOREADO

 

Papel de fantasia, imitando o mármore, utilizado, entre outros fins, na decoração de guardas. (10)

 

PAPELEIRA

 

Este termo designou inicialmente uma espécie de contador de menores dimensões (Bluteau; Aguiló). O termo pode aparecer indevidamente a designar uma cómoda-papeleira com alçado. (3.p.85)

 

PARAFUSOS DE ARMAR

 

Termo oficinal para o conjunto de parafuso/rosca usado para fixar elementos estruturais. (3.p.68)

 

PARAMENTADOR

 

Mobiliário religioso. Mesa na qual se dispõem os paramentos a utilizar na celebração litúrgica. (3.p.112)

 

PARAMENTÁRIO

 

Móvel para guardar paramentos litúrgicos, em forma de cómoda ou armário, com ou sem espaldar, eventualmente de forma retabular e encimado por cruz. (4.p.47)

 

PARAMENTO

 

Ornato da mesa, altar, casa, Igreja. Paramento da mesa. Toma-se algumas vezes pelos pratos, e vasos de prata, que se expõem na copa. (33.p.259)

 

PARAMENTO LITÚRGICO

 

Conjunto de paramentos, vestes e tecidos litúrgicos coordenados e da mesma cor composto geralmente por casula, estola, manípulo, véu de cálice e bolsa corporal e, nalguns casos, capa, dalmática, véu de imbros e paramento de altar ou frontal de altar. (4.p.174)

 

PARAPEITO DE PÚLPITO

 

Elemento divisório, em metal, pedra ou madeira, que isola o púlpito do corpo da igreja; o acesso faz-se por uma porta integrada na grade. Quando é feita em balaústres de pedra ou madeira, diz-se balaustrada de púlpito. (4.p.33)

 

PARQUETAGEM

 

Reforço colocado nos painéis de madeira para evitar a sua deformação, sobretudo o empeno. Trata-se de uma série de barras de madeira coladas paralelamente a intervalos regulares, formando uma grelha sobre o tardoz ao painel. Por vezes apenas as verticais estão coladas ao painel, deslizando livremente em reservas destas as travessas horizontais. (1.p.100)

 

PARQUETERIA

 

Processo de compor motivos e composições geométricas com pequenas lâminas ou folhas de madeira, com os veios colocados em sentidos diferentes. Estas podiam ser da mesma madeira ou de folhas de madeiras diferentes, que se aplicavam sobre uma estrutura de madeira de menor qualidade. (38.p.233)

 

PASSADOR DE GRÃ-CRUZ

 

Peça de joalharia destinada a ser utilizada no ombro, e com uma presilha no reverso de modo a fixar as fitas das grã-cruzes. (39.p.228)

 

PASSAGEM

 

Transição entre tonalidades ou cores. (1.p.100)

 

PASSAMANARIA

 

Conjunto de artigos tecidos ou entrelaçados em têxtil, com ou sem metal, utilizados como acabamento e decoração da guarnição têxtil ou de couro (galões, franjas, laços, cordões, borlas,…) (3.p.37)

 

PASSAMANE1RO

 

O fabricante de passamanes. (27.p.165)

 

PASSAMANES

Fitas tecidas de fio de prata, ou oiro, de que os armadores usam, he mais raro que o galão. (27.p.165)

Vem do francês que he huma especie de renda, que se faz com bilros em almofada. (33.pp.298-299)

 

PASTA

 

Designa a mistura de várias argilas, de características diversas, plásticas ou não, que compõem o corpo cerâmico. (2.p.114)

Argila ou mistura de argila com outros materiais (inclusões e/ou desengordurante); frequentemente pasta e fabrico são usados como sinónimos. Contudo, os dois conceitos são tecnicamente diferentes: enquanto pasta se refere especificamente à mistura de argila e desengordurante, fabrico tem um conceito mais lato, incluindo tratamento de superfícies e porosidade. A análise química e mineralógica da composição das pastas tem sido essencial para o estudo de produção cerâmica, sobretudo para a identificação de centros produtores e de sistemas de distribuição (12.p.141) 

Ver FABRICO.

 

PASTA SOBRE PASTA (técnica)

 

Técnica de decoração utilizada na porcelana, que consiste na aplicação sobre a superfície de objecto de sucessivos níveis de pastas coloridas por diferentes óxidos. (2.p.114)

 

PASTA VERDE

 

Cerâmica depois de seca, mas antes de ser cozida (também conhecida como pasta crua; terminologia popular; louça moça). A pasta verde pode receber alguns tipos de acabamento e mesmo decoração (por exemplo, polimento e brunimento). (12.p.142) 

 

PASTAS

 

Cartões que formam a capa do livro. (10)

 

PASTEL

 

O pastel caracteriza-se pela utilização de pigmentos aglutinados por dogmas (por exemplo, tragacanto) ou óleos compactadas em pequenas barras, o quer confere às cores uma grande luminosidade. Na maior parte as cores têm uma grande percentagem de branco, o que acentua a suavidade desta técnica. Embora tenha havido algumas experiências próximas no século XVI, com Dürer e Holbein, a utilização do pastel só se generaliza no século XVIII com Rosalba Carriera e Quentin de la Tour, tornando-se um meio de expressão importante na pintura rocaille e romântica, permanecendo como um meio expressivo de eleição até ao impressionismo. (1.p.101)

 

PATENA

 

Pequeno prato consagrado, geralmente em ouro ou prata dourada, utilizado pelo celebrante, durante a missa, para colocar a hóstia, antes e depois da consagração, e para recolher eventuais partículas. De forma circular, pode ser decorado, no reverso, com uma representação religiosa, símbolos eucarísticos e ainda uma inscrição. A patena costuma fazer conjunto com o cálice e a píxide. Na Sexta-feira Santa, utilizava-se uma patena com pega vertical, que se encaixa no interior da copa do cálice, para guardar a hóstia consagrada destinada à comunhão do presidente da celebração (patena da Sexta-feira Santa). (4.p.129)

Recipiente circular, quase sem fundo, destinado a colocar e amparar a sagrada partícula durante os rituais da Consagração e Comunhão. No período de 1750 a 1810 cremos terem sido as patenas habitualmente lisas, levemente abauladas e em prata dourada, devido à proximidade com o Corpo de Cristo exigir a presença de um metal ainda mais nobre do que a prata. (29.p.516)

 

PATINA

 

Refere-se ao envelhecimento natural da camada superficial das pinturas (vernizes, camada pictórica), sob o efeito da passagem do tempo. (1.p.101)

Espécie de verdete que se forma sobre o bronze antigo. É uma espécie de crosta, que se forma sobre certos objectos devido à acção do tempo. (7.p.136)

Tonalidades imprevistas, dadas pelo tempo ou provocadas artificialmente.

 

PATINE

 

Ver PATINA.

 

PATINS

 

Elementos geralmente independentes, em forma de barra, quase sempre decorados na frente, que servem para suportar o móvel. Normalmente o seu comprimento é igual ou maior do que a ilharga que acompanham. (3.p.83)

 

PATO

 

Emblema de felicidade. O par de patos mandarins é também emblema de felicidade conjugal, devido à sua ligação. (14.p.277)

 

PATOLA

 

Também he o nome de certo pano da Índia. (33.p.319)

 

PAU BRASIL

 

Madeira de cor vermelha brilhante. Oxida rapidamente pelo corte, adquirindo um aspecto enegrecido. Apresenta um odor agradável. Grão de fino a médio, dura, pesada e durável. (41.p.258)

 

PAU SANTO

 

Deram-lhe este nome pelos seus admiráveis efeitos. (33.p.229)

Também designado “pau-preto” devido às tonalidades escuras desta madeira e lustrosa, mas ao mesmo tempo fácil de trabalhar, permitindo grande nitidez de contornos e precisão na obra entalhada. Designa entre nós as inúmeras variedades de jacarandá provenientes da América tropical, sendo que a mais empregue em Portugal provinha do Brasil. O pau-santo foi, durante parte do século XVII e sobretudo durante o século XVIII, no nosso país, a madeira apreciada e prestigiada no fabrico de peças de mobiliário pela sua durabilidade e pela beleza das suas inúmeras tonalidades e jogos de veios. (38.p.233)

Ver JACARANDÁ.

 

PAVILHÃO DE PÍXIDE

 

Tecido que reveste a píxide ou a âmbula quando guardam as hóstias consagradas. É de seda branca com trama dourada ou prateada, eventualmente, de seda vermelha, e até de tule ou renda. É geralmente decorado e apresenta, ao centro, uma abertura por onde passa a pequena cruz ou o remate que encima a tampa da píxide. (4.p.74)  

 

 

Margem inferior de um livro (encadernação ou página). (10)

O mesmo que pedestal. Base de recipiente geralmente em forma de anel elevado. (12.p.142) 

Elemento de apoio de um objecto que eleva o recipiente. (2.p.79)

 

PÉ DE BOLACHA

 

Pé achatado, de forma circular, semelhando uma bolacha. De proveniência inglesa, muito comum no período “Queen Anne”, e introduzido em Portugal no período de D. João V. (38.p.233)

 

PÉ DE CACHIMBO

 

De influência francesa, com enrolamento para fora, adoptado pelas cadeiras e mesas de encostar portuguesas da época de D. José I, ornando-se na maior parte dos casos com decoração entalhada. (38.p.233)

 

PÉ ESPATULADO

 

Pé baixo e largo, estreitando em direção à extremidade enrolada, recebendo geralmente obra entalhada. Formato de pé característico de muitas cómodas e cómodas-papeleiras do período de D. José I. (38.p.233)

 

PÉ DE ESQUADRO

 

Pé curto formado pela união de dois elementos, formando ângulo recto e geralmente recortado interiormente. (38.p.233)

 

PÉ DE GARRA E BOLA

 

Designa-se assim o pé em forma de garra de felino ou de ave de rapina segurando uma bola. Segundo a maioria dos autores é de proveniência oriental, sendo adoptado pela marcenaria inglesa, no início de Setecentos. Teve também larga divulgação em Portugal sobretudo na primeira metade e meados do século XVIII. (38.p.233)

 

PÉ DE PINCEL

 

Pé com várias estrias alargando ligeiramente em direção à base, semelhante à forma de um pincel espalmado de encontro a uma superfície dura. Frequente nas nossas cadeiras de espaldar alto da segunda metade do século XVII e inícios do século XVIII., sendo conhecido, erradamente, no estrangeiro porpé espanhol, atestando, segundo Cardoso Pinto, a sua origem Peninsular. Em Inglaterra este tipo de pé é conhecido por “Braganza foot”. (38.p.233)

 

PÉ DE SAPATA

 

Assim chamado porque recorda a extremidade de um sapato. Segundo Augusto Cardoso Pinto é de provável criação nacional. (38.p.233)

 

PÉ DE VOLUTA

 

Forma de pé com extremidade enrolada, de origem francesa, introduzido em Portugal no período de D. José I, juntamente com o pé de cachimbo. (38.p.233)

 

PEANHA

 

É o nome pelo qual é conhecido um pequeno pedestal onde se coloca uma imagem, uma estatueta, ou outro objecto decorativo. (7.p.137)

Base, sobre que está alguma imagem, estátua. (27.p.173)

Ver PEDESTAL.

 

PEDESTAL

É a designação dada à parte inferior de uma coluna ou uma estátua. É, ainda, um suporte isolado, com base e cornija. (7.p.137)

Difere da coluna pela sua forma que pode ser, entre outras, de secção rectangular ou poligonal. (3.p.77)

Ver PÉ.

 

PEDRA

 

Medida de linho que corresponde a 48 estrigas. (22.p.137) 

 

PEDRA DE ARA

 

Pedra natural, talhada num só bloco, consagrada e encastrada na mesa de altar. (4.p.22)  

 

PEDRA DE CONSTRUÇÃO

 

Pedra utilizada para a construção de edifícios. Pode ser de mina, isto é, não trabalhada e irregular; em bruto e depois encontrada; de cantaria, cortada em blocos rectangulares; tijolo, de barro ou argila, cozido pelos agentes atmosféricos. O tijolo moldado, pelo contrário, é necessário nas estruturas irregulares, devendo ser cozido em formas especiais, enquanto a argamassa é uma pedra artificial leve obtida da agregação de restos de pedra e usada durante a época gótica para as abóbadas. (13)

 

PEDRA NEGRA

 

Mineral que deixa uma marca indelével, ocasionalmente produzindo riscos devido a impurezas arenosas. Tornou-se popular durante o século XVI. Embora a pedra negra, giz artificial, feita a partir do carvão, estivesse disponível a partir de Quinhentos, produzindo traços fortes mais escuros do que o natural, na prática é difícil distinguir qual o tipo de material que era usado. (25.p.350)

 

PEDRA SONORA

 

Um dos “Oito Objectos Preciosos”, a pedra sonora de jade, insígnia da justiça e da perfeição. O carácter Qing com o mesmo som significa boa sorte, pelo que a pedra sonora se tornou também um símbolo de boa sorte e um emblema de harmonia. (14.p.277)

 

PEDRA VERMELHA

 

Também designado por sanguínea. É obtido a partir do peróxido de ferro, pigmento seco conhecido há milhares de anos. Tornou-se popular durante o século XVI e era utilizado isoladamente ou combinado com outros produtos, sobretudo a pedra negra. Esta pode, em certa medida, ser afiada; porém, não tarda a ficar novamente romba, não podendo, por isso, produzir o traço delicado de uma pena, o que significa que, sendo menos preciso, o desenho é mais livre. A riqueza do material também permite a execução de contraprovas. (25.p.350)

 

PEE

 

O mesmo que perna. (40.p.269)

 

PEE DE ARCA

 

Provavelmente o soco amovível em que se encaixava, a “meia-madeira”, o fundo da arca, e que era, nos´seculos XV e XVI, geralmente recortado inferiormente, para arejar o espaço entre o solo e o fundo da arca. (40.p.269) 

 

PEGA

 

Elemento que serve para manusear um recipiente, com uma posição destacada. Geralmente são laterais mas também podem encontrar peças com uma única asa unindo dois pontos simétricos do bordo. (2.p.61)

Apêndice de forma cilíndrica alongada, fixa num objecto por um ponto e que facilita o manuseamento do mesmo. (2.p.66)

Designa o apêndice por onde se manuseia um recipiente ou uma parte dele, geralmente com configurações que se destacam da superfície do objecto. (2.p.79)

Ver ASA. Ver CABO. 

 

PEIXES

 

Um dos “Oito Emblemas Budistas”. O par de peixes é emblema de harmonia doméstica e da felicidade conjugal. (14.p.277)

 

PELE

 

Couro curtido de várias espécies animais. (10)

 

PELICANO

 

Designação popular para a lúnula, parte móvel em forma de meia-lua presente, por exemplo, nas arrecadas de Viana. (11.p.46)

 

PELLICO

 

Vestido pastoril feito de peles de carneiro. (27.p.180)

 

PELIQUEIRO

 

Peliteiro, o que prepara pelles para forros, vestidos, etc., e as vende. (27.p.180)

 

PELÕ

 

Peça de roupa de cama não referida nos dicionários de antiguidades. (40.p.269)

 

PELLICA

 

Pele de carneira curtida, que fica mui branca, e mui branda; das garras, e retalhos se faz a cola de pintor. (27.p.180)

Roupa de mulher, feita, ou forrada de peles. (27.p.180)

 

PELLITEIRO

 

Ver PELIQUEIRO.

 

PELUCIA

 

Droga felpuda de seda, ou lã, tem a felpa mais longa e rara, que o veludo. (27.p.180)

 

PENDENTES DE MITRA

 

Duas tiras estreitas, caídas da mitra sobre as costas e geralmente franjadas. Este apêndice é o sucedâneo das correias ou fitas que atavam a primitiva mitra sob o pescoço. (4.p.163)

 

PENDENTES DE TIARA

 

Duas tiras estreitas, caídas da tiara sobre as costas e geralmente ornadas de ouro, prata e pedras preciosas. (4.p.163)

 

PENTE LITÚRGICO

 

Pente, geralmente em marfim e decorado com motivos religiosos, utilizado na sagração de um bispo ou antes de uma missa pontifical. (4.p.151)

 

PENTEADOR

 

O panno de linho, que se põe no redor do pescoço e com que se cobrem os hombros, por não sujar o vestido com cabellos, ou carepa da cabeça, quando alguém se pentea. (33.p.402)

 

PEÓNIA

 

É considerada a rainha das flores e simboliza a Primavera. No sul, é considerada a flor do amor, do afecto, da beleza feminina. Por vezes é sinónimo de riqueza. Anúncio de boa sorte. (14.p.277)

 

PERCALINA

 

Tecido de algodão, sem pêlo, fortemente gomado, lustroso e com diversos lavrados. (10)

 

PERCINTA

 

O mesmo que cinta. Tiras muitas vezes em juta, que reforçam interiormente o estofo dos assentos de cadeiras e canapés. (38.p.233)

Tira de lona. (…) As precintas colocavam-se numa ou mais camadas de elementos encanastrados pregados pelas extremidades nos caixilhos dos assentos e respaldos, e nos “lastros” dos leitos, servindo como apoio elástico do estofamento e do enxergão. (40.p.269)

 

PERFIL

 

É o contorno encurvado do fuste de uma coluna, do flanco de um vaso, do rosto de uma pessoa. Em arquitectura serve para definir o corte ou secção perpendicular de um edifício, para mostrar como é o interior. (7.p.137)

Elemento decorativo aplicado ao móvel, em regra para ocultar as uniões das duas faces. (3.p.84)

 

PERFUMADOR

 

Recipiente em forma de taça onde se colocam líquidos aromatizados ou folhas, para se evaporarem, por vezes pela acção de uma vela ou de uma lâmpada eléctrica. (2.p.79)

Cassoula, vaso onde se queimam aromas, e perfumes. (27.p.188)

 

PERGAMINHEIRO

 

Aquele que vendia ou preparava pergaminhos. (10)

 

PERGAMINHO

Motivo ornamental entalhado nos móveis de madeira, de uso muito comum nos séculos XV e XVI. Deriva o seu nome da semelhança com os pergaminhos enrolados. (13)

Pele de carneiro, cabra, vitelo ou outro animal, preparada especialmente para a encadernação ou para a escrita. Esta designação tem origem na antiga cidade grega de Pérgamo, onde começou a ser produzido como suporte de escrita, substituindo o papiro. (10)

 

PERGAMINHOS DOBRADOS

 

Motivo correntemente emalhado em painéis e almofadas de portas e móveis góticos e da 1ª metade de Quinhentos, representando uma folha de pergaminho estilizada, dom dobras sobrepostas e vincos no sentido vertical. Supõe-se que o motivo resultou do aspecto enrugado dos pergaminhos que se colavam nos móveis, constituindo base da sua pintura, parcialmente levantados pela acção da humidade. (40.p.269)

 

PERGAMINHOS ENROLADOS

 

O mesmo que pergaminhos dobrados. (40.p.269)

 

PERLADO

 

Motivo ornamental constituído por uma sucessão de pérolas ou contas perfiladas, integrando o repertório decorativo da Antiguidade e retomado no período neoclássico, aplicado frequentemente às moldurações. (38.p.233)

 

PERNA “EN CABRIOLE”

 

Perna ondulada em forma de “S”. os franceses, segundo Cardoso Pinto, denominaram-na assim “por lembrar vagamente a posição da perna de um caprídeo na atitude de saltar”. Surgiu no início do século XVIII e segundo a maioria dos autores era proveniente do Oriente, trazida pelos holandeses e ingleses, e logo assimilada pela marcenaria europeia da época. (38.p.233)

 

PERNA GALBADA

 

Diz-se da perna que descreve uma curva para fora, ao nível do joelho, inflectindo logo a seguir, para voltar a desenhar uma curva para fora, junto ao pé. (37.p.131)

 

PERNAS (apoios)

 

Conjunto de elementos verticais, sobre os quais o móvel se apoia. (3.p.61)

 

PERNO

 

De ourives, agulha, que as mulheres traziam de ornato na cabeça. (27.p.190)

 

PÉROLA

 

Ornato formado por um rosário de pequenas esferas dispostas em sucessão linear. (3.p.93)

Um dos “Oito Objectos Preciosos”; um emblema de feliz augúrio, muitas vezes perseguido pelos dragões. É suposto que a esfera ou jóia esteja originalmente associada ao disco solar. É um amuleto contra o fogo. (14.p.278)

 

PÉROLA NATURAL

 

Gema de origem animal, que resulta da reacção de um molusco bivalve, a ostra, perante um corpo estranho que se introduziu no seu interior, envolvendo-o com várias camadas de nácar. Se irregular, forma os chamados “barrocos”. (39.p.228)

 

PERSPECTIVA

 

Meio de transposição sobre um plano de um espaço a três dimensões. Nesta técnica incluem-se não só a perspectiva geométrica clássica, definida no Renascimento, mas todos os processos empíricos utilizados para criar a ilusão de tridimensionalidade. (1.p.101)

 

PÉS

 

Parte inferior das pernas onde o móvel se apoia directamente no chão. Podem ser diferenciados ou não da forma das pernas. Casos há em que podem assentar aobre um pequeno soclo (tacão), cúbico, cilíndrico, ou esférico, em rodízios, ou podem ainda ser unidos por travessas horizontais pousando no chão, designando-se nesse caso por patins (elemento que se encontra também noutro tipo de móveis). Quando a travessa é convexa e permite balançar o móvel, este recebe a designação de cadeira de baloiço ou de balanço. (3.p.61)]

 

PESO

 

Um marco equivale a 229,468 g; uma onça equivale a 28,687 g; uma oitava, a 3,586 g ou a oitava parte de uma onça; um grão equivale a 50 miligramas, um quilate de pedras finas, equivale a 2 decigramas ou a 4 grãos; um quilate de ouro, equivale a 119 miligramas ou 1/24 parte de uma onça. No período de 1750 a 1810, as peças de prataria são avaliadas habitualmente pelo seu peso, e muito ocasionalmente é expressa uma valorização do feitio. (29.p.516)

 

PESO (PESADO)

 

Falta de elegância nas formas, atarracadas e sem respiração. Aplica-se tanto à figura sem delicadeza corporal, como ao arvoredo denso e sem ar, ou à composição cheia. (1.p.101)

 

PÊSSEGO

 

Emblema de casamento e símbolo da imortalidade e do tempo primaveril. Fruto sagrado para os taoistas, por ser produzido pelo pessegueiro fabuloso que cresce junto do palácio de Xiwangmu, a rainha mãe do Oeste, e que só floresce de três em três mil anos. O pêssego confere imortalidade a quem o come. (14.p.278)

 

PETUNTSE

 

Ver BAIDUNZI.

 

PIA

 

É um vaso onde se guardam líquidos. (7.p.138)

Vaso concavo de pedra, onde se põem água benta, e para baptizar. Vaso de pedra de dar de beber ao gado, e comer aos porcos. (27.p.199)

 

PIA BAPTISMAL

 

Cuba para a água utilizada durante a cerimónia do baptismo. Colocada diretamente no chão, é geralmente elevada por pedestal e coberta por tampa (tampa da pia baptismal). O recipiente tem, em regra, um escoamento para conduzir a água directamente ao solo. (4.p.56)

 

PIA DE ÁGUA BENTA

 

Recipiente de aplicação parietal para a água benzida em culto doméstico, composta por alçado e contentor de pequenas dimensões. (2.p.79)

Recipiente colocado junto á porta da igreja, contendo a água lustral com que os fiéis se benzem. Pode estar adossado á parede ou ser colocado sobre um pedestal fixo ou móvel. Pode integrar uma caldeirinha de água benta e hissope, num suporte próprio. (4.p.48)

 

PIÃO DE DOSSEL

 

Peça de madeira torneada rematando superiormente os dosséis cupuliformes ditos de “pavilhão”, através da qual eram suspensos do tecto com corrente, ou cordão passando em polé. (40.p.269)

 

PIAR DO LEITO

 

O mesmo que balaústre, coluna ou esteio. (40.p.270)

 

PIASSAVA

 

Espécie de juncos pretos, de que se fazem vassouras, e outras obras. (27.p.199)

 

PICADO

 

Pequenas crateras, não muito profundas, que têm origem na libertação de gases durante o arrefecimento e são caracterizadas por terem as arestas curvilíneas. Surgem isolada e aleatoriamente numa peça. (2.p.127)

 

PICADO MÚLTIPLO

 

Pequenas crateras, pouco profundas, originadas pelo excesso de vidrado. São caracterizadas por terem os bordos arredondados. Em geral surgem em grande número, concentradas na mesma área como zonas de reentrância das peças. (2.p.128)

 

PICHEL

 

Recipiente que se destina a conter e a servir líquidos. É composto por pé, bojo amplo, piriforme, cónico ou cilíndrico, colo estreito com bico mais ou menos acentuado e asa em posição oposta aberto. Certos modelos têm tampa presa com charneira ao corpo. (2.p. 75)

Vaso de tirar vinho das pipas, e ter huma porção para se beber, ou distribuir. (27.p.200)

 

PICHELEIRO

 

O que faz vazos de estanho, e de lata de Flandres. (27.p.200)

 

PICHELERIA

 

A oficina, a obra de picheleiro. (27.p.200)

 

PICHORRA

 

Vaso de estanho, que difere do pichel, em que ella tem bico. (27.p.201)

PICTOGRÁFICA

 

Escrita em que a representação é feita por meio de desenhos, de cenas e objectos. É própria dos egípcios e aparece também na Mesopotâmia. (7.p.139)

 

PIETÀ

 

É o nome que recebe uma representação cujo tema consiste no Cristo morto e deitado no colo da Virgem. (7.p.139)

 

PIGMENTO

 

Substância corante, geralmente em pó fino e no estado seco, utilizada na preparação de cores cerâmicas. Os pigmentos são formados por óxidos metálicos, misturados com outras matérias inorgânicas (caulino, vidro transparente, fundentes, feldspato, etc.). (2.pp.114-115)

Qualquer substância com capacidade para transmitir a sua coloração a outra substância quando misturada com aglutinante dá origem a uma tinta. São geralmente de natureza inorgânica e podem ser obtidos de modo natural (moagem, cocção, etc.) ou por procedimentos sintéticos. (1.p.101)

Colorante utilizado em decoração. Pode ser de origem artificial ou origem natural; os pigmentos de origem natural são constituídos essencialmente por óxidos metálicos de cobre, ferro, cobalto, chumbo, estanho, antimónio e manganésio. (12.p.142)

 

PILÃO

 

Mão do gral. (27.p.201)

 

PILASTRA

 

Do latim pila, coluna. Coluna de secção rectangular ou pilar raso, adossado a uma parede, com pormenores decorativos das ordens clássicas. Superfície lisa sob a forma de “friso” vertical, daí que um motivo decorativo vertical seja frequentemente descrito como ornato em pilastra. (25.p.350)

PILASTRÃO

 

Diz-se de uma pilastra grande. (7.p.139)

 

PILONE

 

Ver PILÃO.

 

PIMENTEIRO

 

Recipiente para se guardar e servir a pimenta moída à mesa. Inicialmente tinha a configuração de pequena taça circular ou oval, elevada numa base ampla, coberta ou não. Em modelos mais recentes é um recipiente tubular fechado com orifícios no topo. Surge com frequência associado a um saleiro ou integrando um conjunto de galheteiro. (2.p.79)

 

PINACOTECA

 

É o nome dado a um museu de pintura ou uma galeria de arte. (7.p.140)

 

PINÁCULOS

 

Elementos decorativos destacáveis ou não, que rematam neste caso o topo das colunas do leito, ou a parte central da cabeceira. Noutros móveis podem rematar a parte superior, o topo de prumadas (móveis de assento), ou servem ainda para acentuar um ponto central, como o cruzamento horizontal do travejamento (mesas). (3.p.68)

Remate dos montantes de peças de mobiliário, podendo assumir formas muito variadas, desde cilíndrica, cónica ou piramidal. Remate geralmente metálico (latão dourado) das cadeiras portuguesas do século XVII e início do século XVIII. O mesmo que agulheta. (38.p.233)

Pirâmide ou cone que amortece o ponto de apoio vertical. É a parte mais elevada de um edifício, parecendo uma agulha esguia que coroa um contraforte. Tem como função fazer parecer mais leve a estrutura. (7.p.140)

 

PINCEL

 

Molho de cabelos unidos a hum cabo, ou penha, que serve de aplicar tintas na pintura: os pincéis de gris, são os de pelo mais macio; os de peixe, são mais ásperos. (27.p.202)

 

PINCELEIRO

 

O que faz pincéis. Vaso com líquido apropriado para se lavarem os pincéis. (27.p.202)

 

PINCHEBEQUE

 

Composição metálica parecida com o oiro, de que se fazem fivelas, etc. (27.p.203)

 

PINGADEIRA

 

Vaso onde se recolhem os pingos da carne, que se assa. (27.p.203)

 

PINGALHETE

 

Preguinho da sorte dos com que o Pintor prega o pano na grade. (27.p.203)

 

PINGODÁGUA

 

Ver MINA-NOVA.

 

PINHA

 

Objecto em forma de pinha elevado num pé, aplicado no topo dos edifícios ao longo das balaustradas. (2.p.79)

Ornato que imita o fruto do pinheiro. (2.p.94)

 

PINHEIRO

 

Um dos “Três Amigos do Inverno”, juntamente com o bambu e a ameixieira. Símbolo de longevidade e prosperidade, por se tratar de uma árvore de folha perene que se mantém sempre verde. É também símbolo dos amigos fiéis na adversidade. (14.p.278)

 

PINHOTA

 

Ornato que se assemelha a um cacho de pinhas. (2.p.94)

 

PINO

 

O mesmo que cavilha ou tarugo. (40.p.270)

 

PINTAR

 

Dar no corte uma camada de tinta uniforme. (10)

 

PINTOS

 

Brincos feitos com pequenas moedas do tempo de D. João V. (11.p.95)

 

PINTURA

 

No século de Quinhentos era o título genérico comum às três artes plásticas: Arquitectura, Escultura e Pintura. Abrangia ainda o Desenho e a Gravura. Hoje considera-se o cobrir superfícies com matérias de cores diferentes, que o artista decora com elementos a seu gosto: ou cria uma realidade existente ou cria uma realidade à sua medida, de sua inspiração. É uma arte bidimensional, que com as leis da perspectiva pode tomar o aspecto de uma arte tridimensional devido à ilusão de espessura e profundidade. Pode-se falar da pintura a têmpera, a fresco, encáustica, a óleo, etc. (7.p.140)

Um dos “oito Objectos Preciosos”. É também considerada um espelho de bronze dos tempos antigos. (14.p.278)

Arte liberal, que ensina a representar as coisas naturais por meio das tintas.

A coisa: pintada; daqui pintura a óleo, feita com tintas misturadas com óleo: pintura a tempera, i. e. de tintas desfeitas em goma Arábia, ou cola. Pintura de iluminação a que he feita de várias cores, e sombras com tinta desfeita em goma Arábia sobre pergaminho. Decolorido, he feita, em seco com humas espécies de lápis de várias cores. Pintura de pennejado, feita com penna de escrever. De caustico, a que se faz em madeira, queimando-a em parte, e o que fica queimado representa o objecto. (27.p.204)

 

PINTURA A ÓLEO

 

Método de pintar em que se juntam diversas substâncias corantes por meio de óleo vegetal (óleo de linhaça ou de noz). Os primeiros a utilizarem este processo de pintura foram os flamengos. (7.p.140)

 

PINTURA A TÊMPERA

 

Método de pintar que utiliza pigmentos diluídos em água e uma substância aglutinante, que tem por objectivo fazer aderir as cores ao suporte (por exemplo, ovo, cola, mel). (7.p.140)

 

PINTURA ACHAROADA

 

Às imitações da laca conseguidas pela aplicação de outro tipo de vernizes, dá-se o nome de pintura acharoada. Imitação da laca conseguida por aplicação de outro tipo de vernizes. (3.p.41)

Genericamente a pintura acharoada, isto é, imitando o charão ou laca oriental, consistia na aplicação, sobre um preparo á base de adesivo animal ou gesso, de diversas camadas de pintura, uma de cada vez, e polida depois de seca. Com este processo obtinha-se um fundo muito liso no qual se aplicava, a pincel, a decoração de motivos dourados, cujo desenho era normalmente contornado a negro. Posteriormente, esta decoração era revestida com um verniz à base de resinas, como o âmbar e o copal, de gomas como a goma-laca, ou de ambas, dissolvidas numa determinada substância. (38.p.233)

PINTURA DE FINGIMENTO

 

Diz-se “pintura de fingimento” quando, através da pintura, se pretendeu imitar madeiras, mármores ou outros materiais. (3.p.42)

Pintura que imitava ou os veios do mármore, dita marmoreada, ou os veios de outra madeira, geralmente as madeiras exóticas usadas nas composições de folheados e marchetados. Nos móveis, era invariavelmente aplicada sobre carcaças executadas em pinho ou em madeiras da “terra”. (37.p.131)

 

PINTURA ENCÁUSTICA

 

Técnica de pintura em que as cores são dissolvidas em cera. Foi muito utilizada na Antiguidade. (7.p.140)

 

PINTURA MURAL

 

Diz-se da pintura feita sobre a parede. As técnicas tradicionais são a pintura a fresco, têmpera, encáustica, mosaico, grafito. No século XIX surgem novas técnicas com a aplicação de tintas industriais. (7.p.141)

 

PIQUÉ

 

Tipo de acabamento aplicado no ouro com efeito de pequenos picos. (11.p.95)

 

PIRES

 

Prato pequeno, exclusivamente destinado a suportar uma chávena cujo lugar está geralmente marcado ao centro por um ressalto ou uma marcação decorativa. (2.p.80)

 

PISCINA

 

Ver AQUÁRIO.

 

PISCINA BAPTISMAL

Cuba total ou parcialmente escavad no solo onde se recolhia e conservava a água utilizada nos ritos baptismais do final da Antiguidade ao início da Idade Média. Podia ter degraus de acesso ao interior. (4.p.56)

 

PIÚCA

 

Instrumento que serve de suporte às operações de soldadura, recozido e vitrificação do esmalte aplicado sobre as peças opadas. É constituído por uma base de madeira com uma pega de arame retorcido, sobre a qual assenta uma chapa fina e plana que sustenta um emaranhado de arame redondo, muito fino e em forma de cabeleira; daí o seu nome, por corruptela, de peruca. Em Travassos é designado por aranhola. (11.p.23)

 

PIVETEIRO

 

Objecto em forma de pera com gargalo muito estreito que serve para conter e aspergir perfumes e líquidos aromatizados. (2.p.79)

 

PÍXIDE

 

Vaso sagrado utilizado para guardar as hóstias consagradas e para a sua distribuição fora da comunhão. Feito, em regra, num metal precioso, o interior da copa, se não for de ouro, deve ser dourado. Tem a forma de uma taça com tampa e, geralmente, um pé com nó central; a tampa apresenta, geralmente, uma pequena cruz no topo. A píxide costuma fazer conjunto com o cálice e a patena. (4.pp.129-130)

Recipiente destinado a conter as sagradas partículas, semelhante ao cálice, mas com a copa bojuda e com tampa, que pode ser rematada por uma cruz ou até pela alegoria da Fé. É realizada habitualmente em prata dourada (pelo menos a copa) e um recipiente no interior pode ser, inclusive, de ouro. Surge também designada por cibório, existindo exemplares de pequenas dimensões que eram ambulantes, levando a comunhão aos enfermos. (29.p.517)

 

PLACA

 

Corpo cerâmico de espessura e forma variáveis e de maiores dimensões do que o azulejo, constituído por base argilosa, lisa ou modelada, decorado e vitrificado ou não numa das faces. (2.p.80)

Matriz de madeira em metal que contém o motivo a ser impresso. (10).

 

PLANO (superior ou primeiro)

 

Faces laterais da encadernação, em papel, cartão, tecido ou pele que se articulam com a lombada e protegem o miolo do livro; o mesmo que pasta. (10)

 

PLANTA

 

Desenho arquitectónico que reproduz a secção horizontal, em escala reduzida, das várias partes de um edifício, como se este fosse visto de cima. Pode ser central, quando as figuras (círculo, hexágono, octógono) se organizam simetricamente à volta de um ponto central; cruciforme, quando reproduz simbolicamente a cruz grega ou latina; elíptica, quando reproduz uma elipse; longitudinal, quando se desenvolve num eixo vertical mediano; ou livre, caso não se encontre ligada a nenhum esquema. É a primeira etapa da elaboração arquitectónica de um edifício. (13)

 

PLATAFORMA

 

Plano horizontal, que numa estante de pé, une os elementos da base. Matriz de madeira em metal que contém o motivo a ser impresso.  (3.p.97)

 

PLATIBANDA

 

Decoração em azulejo de um muro ou sequência de ornatos cerâmicos que rematam um terraço ou o topo da fachada de um edifício. (2.p.80)

 

PLUMACEIRO

 

O que concerta, e vende plumas de ornato. (27.p.209)

 

PLUVIAL

Ver CAPA.

 

POCHADE

 

Pequena tela ou tabuinha transportável no bolso (poche), que era usada sobre a palma da mão e onde, em largas pinceladas, se guardava uma impressão, principalmente de uma paisagem, um céu ou uma marinha. Ao contrário do estudo, que normalmente servia para uma obra futura, a pochade vale por si, na captação rápida do instante. (1.p.101)

 

PÓ-DE-PEDRA

 

Pasta cerâmica de granulometria fina a que se adiciona caulino para obter maior brancura e cozedura. (2.p.115)

 

POEIRA

 

Areia muito fina usada para secar a tinta da escrita. Recipiente pequeno, de material, forma e decoração muito diversificados, destinado a polvilhar essa areia que continha, através de pequenos e numerosos orifícios existentes na tampa, substituindo, assim, o actual papel mata-borrão. Geralmente fazia conjunto com o tinteiro e, por vezes, outros elementos da escrita. (40.p.270)

 

POLICROMIA

 

Uso de múltiplas cores numa obra de arte. (13)

 

POLIMENTO

 

O acto de polir. O lustre da coisa polida. Tinta d'alvaiade com óleo graxo, a qual os pintores assentam com hum coiro de luva nos encarnados das imagens. (27.p.213)

Revestimento da madeira com verniz, geralmente à base de goma-laca dissolvida em álcool, aplicado em várias camadas com auxílio de uma “boneca” (lã envolvida por pano de algodão). (38.p.233)

 

POLÍPTICO

Retábulo composto por mais de três painéis. (1.p.102)

Representação de cenas ou figuras religiosas, pintada ou em relevo, emolduradas ou inseridas numa caixa e colocadas sobre o altar ou presas á parede atrás deste. É composto por, pelo menos, dois elementos designados por painéis de políptico, quando são fixos, e volantes de políptico, quando articulados. Se for de dimensões reduzidas, diz-se políptico portátil. Uma predela ou uma luneta podem ser elementos destacados de um políptico. (4.p.22)

 

POLÍPTICO DE CAIXA COM VOLANTES

 

Políptico com volantes articulados sobre uma caixa central na qual se insere uma escultura ou grupo escultórico, representando a Virgem com o Menino. O políptico de caixa com volantes era geralmente colocado no cimo dos retábulos. (4.p.23)

 

POLÍPTICO PORTÁTIL

Políptico de dimensões reduzidas, facilmente transportável, podendo ser utilizado como objecto de devoção privada. (4.p.23)

POLIR

Dar brilho ao corte. Engomar a cobertura. Encadernação. (10)

 

POLTRONA

 

Móvel de assento estofado e com braços. (3.p.54)

 

POMBA BAPTISMAL

 

Recipiente em forma de pomba, para conter a água do baptismo e com dois compartimentos em que se insere uma ampola para o Óleo dos Catecúmenos e outra para o Crisma. Objecto particularmente raro, era provavelmente suspenso sobre a pia baptismal. (4.p.151)

 

PONCIF

 

VER ESTREZIDO.

 

PONTA DE DIAMANTE

 

Ornato em pirâmide quadrangular que se destaca da superfície. (3.p.94)

 

PONTALETE

 

Forquilha em que assentam os varais do andor numa paragem da procissão. (4.p.60)

 

PONTOS (PINTURA POR)

 

Aplicação das tintas em pequenos pontos, que se unem visualmente a certa distância. Era usada na iluminura, sobretudo de branco e negro, invenção que Francisco da Holanda reivindica. No século XIX, Seurat utilizou a pintura por pontos para fragmentar as cores em pequenas manchas de diferente intensidade, colocadas metodicamente, de forma a serem aprendidas em conjunto, iniciando o movimento que se chamou pontilismo. (1.p.102)

 

PORCELANA

 

Produto cerâmico de pasta muito fina, densa, branca e translúcida, geralmente revestida com vidrado transparente e incolor.

A matéria-prima principal da sua composição é o caulino muito lavado a que se associam o quartzo e o feldspato finamente moídos, em moinho de bolas.

O feldspato mais usado é o de potássio pois proporciona elevada estabilidade contra a deformação dos objectos durante a cozedura. Consoante a temperatura e a quantidade de cada uma das matérias-primas assim é classificada: “porcelana dura”, cozida entre 1380 e 1460º C e que exige uma atmosfera redutora entre os 1050 e os 1460º C; e a “porcelana macia”, cozida entre os 1170 e 1270º C e que exige atmosfera oxidante entre 1170 e 1270º C. Para aumentar a plasticidade da porcelana, é por vezes, misturada argila em bolas, “ball clay”, à pasta de porcelana “macia”. (2.p.115)

Cerâmica de grande fogo, cozida a cerca de 1300-1350º, composta principalmente de caulino e petuntse ou baidunzi. É branca, vitrificada, dura, sonora ao toque e translúcida quando fina. É normalmente coberta por um vidrado feldspático. (14.p.278)

 

PORTA DE SACRÁRIO

 

Pequena parte que fecha o sacrário à chave. É apenas decorada com iconografia relativa à eucaristia. (4.p.50) 

 

PORTA-CÍRIO

 

Mobiliário religioso. Ver TOCHEIRO DO CÍRIO PASCAL.

 

PORTAL

 

Porta monumental à entrada de uma igreja ou de um palácio. É composto por uma arquitrave que sustenta um tímpano (muitas vezes com frescos), e ainda de um lintel, estípites, ombreiras, frontão e cornija. De particular valor são os portais das igrejas românicas e góticas, ricamente decorados e esculpidos, mas o modelo principal é o arco do triunfo romano. (13)

 

PORTA-RELICÁRIO PROCESSIONAL

 

Suporte específico para colocar um relicário num andor ou para o expor no interior de uma igreja. (4.p.60)

 

PORTA-TURÍBULO

 

Suporte alto para suspender o turíbulo quando este não esteja a ser utilizado. Apresenta geralmente um plano de apoio para a naveta e, por vezes, um gancho para suspender a caldeirinha de água benta. (4.p.47)

 

PORTA-VIÁTICO

 

Pequeno estojo ou maleta utilizado para transportar os objectos e os panos necessários à administração do viático (âmbula, ampola do Óleo dos Enfermos, corporal, etc.). (4.p.89)

 

POT À OILLE

 

Recipiente redondo para caldo de carne a que, em espanhol se chama olla, o qual contrasta com a forma oval de uma terrina. Termo introduzido em França depois do casamento de Luís XIV com a princesa espanhola Maria Teresa de Áustria (1660). O pot à oille aparece, em geral, colocado numa travessa e acompanhado por uma concha ou uma colher oval, de cabo comprido. (25.p.350)

 

POTE

 

Recipiente de proporção baixa, com ou sem tampa, com bojo amplo e bocal largo, usado para fins práticos ou decorativos, podendo então integrar um par ou conjuntos ornamentais mais complexos. (2.p.80)

Recipiente de dimensões superiores à das panelas, mas tipologicamente bastante semelhante, apto a cozinhar e/ou a guardar alimentos. (12.p.72)

 

POTE DE FARMÁCIA

 

Recipiente para guardar substâncias sólidas, pastosas ou líquidas, geralmente drogas farmacêuticas. Tem forma cilíndrica, com uma leve depressão central, tampa e podendo ter pequenas asas na parte superior do bojo. De um modo geral a decoração inclui uma faixa com a indicação da substância a que se destinava. (2.p.80)

 

POUF

 

Assento Estofado de forma geralmente redonda. Divulga-se, segundo Havard a partir de 1845. (3.p.58)

 

PRATEAR (técnica)

 

Técnica de decoração de aplicação da prata que funde a temperatura muito baixa. Depois de brunir, deve ser lavada com bicarbonato de sódio e polida com um pano macio. Pode ser incorporada sob a forma de cloreto de carbonato de prata, para vidrados com reflexos metálicos. (2.p.115)

 

PRATEIRO

 

O ourives que faz obras de prata. (27.p.228)

 

PRATEL

 

Pequeno prato. (12.p.72) 

 

PRATELEIRA

 

Elemento que se pendura horizontalmente na parede ou se coloca no interior de vários móveis. Serce para pousar objectos. (3.p.77)

Estante de pôr os pratos, e frasca da cozinha. (27.p.228)

 

PRATELEIRO

 

Ver PRATELEIRA.

 

PRATO

 

Recipiente para conter e servir alimentos. Geralmente de forma circular, plano, é composto por covo e aba. Recipiente para guardar substâncias sólidas, pastosas ou líquidas, geralmente drogas farmacêuticas. Tem forma cilíndrica, com uma leve depressão central, tampa e podendo ter pequenas asas na parte superior do bojo. De um modo geral a decoração inclui uma faixa com a indicação da substância a que se destinava. (2.p.81)

Recipiente muito aberto, de fundo plano e paredes muito baixas, com bordos de forma variada mas normalmente esvasados. (12.p.72) 

Peça de metal, barro, ou pau, em que se servem as viandas na mesa. (27.p.229)

 

PRATO COBERTO

 

Elemento de um serviço de mesa, para apresentação de alimentos, que é constituído por um prato covo de maiores dimensões, com uma tampa e, por vezes, com asas. (2.p.81)

 

PRATO DE GALHETAS

 

Suporte côvo, geralmente ovóide, onde se colocam as galhetas, geralmente assentes num dispositivo que assegura a sua estabilidade. (4.p.130) 

 

PRATO DECORATIVO

 

Prato que, seja pela dimensão seja pela decoração, não tem função prática mas apenas ornamental. De um modo geral tratam-se de objectos para suspensão parietal. Recipiente para guardar substâncias sólidas, pastosas ou líquidas, geralmente drogas farmacêuticas. Tem forma cilíndrica, com uma leve depressão central, tampa e podendo ter pequenas asas na parte superior do bojo. De um modo geral a decoração inclui uma faixa com a indicação da substância a que se destinava. (2.p.81)

 

PREDELA

O mesmo que banco. Painel ou conjunto de painéis, colocados na base de um retábulo. (1.p.102)

Um painel ou um conjunto dos painéis colocados horizontalmente na parte inferior do retábulo, do quadro de altar ou do políptico. Posto directamente sobre o altar, a predela é preenchida com uma ou várias representações de cenas ou figuras geralmente relacionadas com a temática dos restantes painéis do retábulo, do quadro de altar ou do políptico. (4.p.23) 

 

PREGADURA

 

Os pregos, que seguram, ou seguram, e adornam. (27.p.233)

 

PREGUEADO

 

Ver PREGA.

 

PREGUIÇADEIRA

 

Ver CANAPÉ.

 

PREGUICEIRO

 

Camilha de coiro, de descansar, e dormir a sesta, etc. (27.p.234)

 

PREGO DE TOUCADO

 

Ornamento utlizado pelas Senhoras na decoração dos seus cabelos. Podia assumir várias formas, sendo as mais comuns em formato floral, mas também podiam possuir formas animais, nomeadamente de insectos. Ao serem, por vezes, compostos por uma mola, que fazia oscilar a peça, dava uma ideia de movimento, com grande efeito visual. (39.p.228)

 

PREMEDEIRA

 

Tipo de tecido de roupa de cama não referido em dicionários de antiguidades. (40.p.270)

 

PRENSA DE DOURADOR

 

Prensa que serve para segurar os livros, com a lombada para cima. (10)

 

PRENSA DE ENCAIXE

 

Prensa horizontal com maxilas metálicas de arestas bem definidas, na qual se procede à operação de encaixe. (10)

 

PRENSA DE MÃO

 

Pequena prensa de madeira constituída por duas maxilas móveis entre dois veios (sem – fins), utilizada em diversas operações, quando se pretende fixar bem o livro. (10)

 

PRENSA DE PERCUSSÃO

 

Prensa vertical de ferro, que inclui um volante com batente (percussão), para proporcionar um aperto ainda mais forte. (10)

 

PRENSA UNIVERSAL

 

Máquina compacta polivalente, dispondo, no mínimo das seguintes funções: prensa, prensa de encaixe e prensa de aparar. (10)

PRENSAR

 

Apertar na prensa. (10)

 

PREPARO (PREPARAÇÃO)

 

Camada aplicada sobre o suporte constituída normalmente por uma cola animal e gesso ou cré, destinada a reduzir o poder de absorção do material que constitui o suporte, a aumentar a aderência das tintas e a criar uma base uniforme para a pintura. (1.p.102)

 

PRESÉPIO

 

Representação tridimensional da Natividade, num cenário mais ou menos elaborado; compreende, geralmente, a Adoração dos Pastores, a Adoração dos Reis Magos, Anjos, entre outras cenas do ciclo da Natividade e pode apresentar, ainda, cenas e personagens da vida quotidiana e animais. De variadas dimensões, o presépio é montado nas igrejas, casas particulares ou lugares públicos durante a época natalícia. Por vezes insere-se numa caixa envidraçada (maquineta). (4.p.148) 

Presepe. Oratório que representa hum presepe, e ao menino Deus nascido entre os irracionais, que nele se aposentavam. (27.p.239)

 

PRESERVAÇÃO

 

Acção que visa garantir a integridade e a perenidade de algo, como por ex., um bem cultural. (10)

 

PRISMAS (marca)

Em geral, três pontos, em baixo-relevo e sem vidrado, equidistantes em disposição triangular, correspondentes ao local de encosto dos prismas de sustentação utilizados na separação de peças no interior de caixas ou gazetas. É, particularmente, comum surgirem no bordo de peças em faiança, como travessas e pratos. (2.p.127)

 

PROJECÇÃO

 

Do latim projectio (avanço). Projecção ortográfica ou alçado, reprodução à escala, sem perspectiva, de um objecto, edifício ou parte dele, frequentemente acompanhado do seu plano e corte. (25.p.351)

 

PROTÓTIPO

 

O mesmo que modelo. (3.p.22) 

 

PROVA DE ESTADO

 

Impressão de uma gravura feita a partir da matriz onde está a ser realizada, para o controlo e correcção do trabalho já desenvolvido. (10)

 

PROVA DE EXAME

 

Entende-se por um móvel de dimensões mais reduzidas executado com materiais específicos e segundo técnicas perfeitamente idênticas às que se deveriam empregar no móvel final. (3.p.22) 

 

PRUMADAS

 

Peças verticais estruturais. Neste caso, constituem as pernas dianteiras ou traseiras. São geralmente colocadas nos ângulos do assento. Têm a mesma designação nos móveis de conter. (3.p.62) 

 

PÚCARO

 

Recipiente que se destinava a levar pequenas porções de líquidos ou alimentos ao fogo. Com morfologia semelhante à das panelas, mas com dimensões muito menores e uma única asa. (12.p.72)

Pequeno vaso de barro para transvasar ou beber liquídos. (40.p.270) 

 

PÚLPITO

 

Mobiliário religioso. Tribuna elevada destinada à pregação. Executado em diversos materiais, desde a pedra à madeira, o púlpito assume diversas formas. Na maioria dos casos, surge adossado a uma parede ou coluna, com uma escada que lhe dá acesso, ou inserido na parede com um balcão (parapeito),acompanhado por um baldaquino (guarda-voz).Outros, mais raros, são móveis independentes, por vezes desmontáveis, com uma caixa elevada suportada por uma coluna e respectiva base; a caixa, geralmente um balcão fechado, nalguns casos com porta ou cancela, pode ser de secção poligonal ou circular, a que se tem acesso através de uma escada, fixa ou móvel. (3.pp.112-113) 

Tribuna sobrelevada onde o presbítero faz a pregação. Adossado a um muro ou pilar é fechado por parapeito (parapeito de púlpito) e integra, com frequência, uma escada de acesso, um espaldar e um guarda-voz, que funciona como concha acústica. Geralmente coloca-se no interior da igreja. Pode ser revestido com tecidos (ornamento de púlpito). Quando se trata de uma tribuna não solidária à estrutura arquitectónica, diz-se púlpito móvel. (4.p.53)

 

PULSEIRA DO VOLFRÂMIO

 

Tipo de pulseira composta por uma repetição de módulos formados por elementos geométricos, nomeadamente quadrados, rectângulos, círculos e semi-círculos. (11.p.96)  

 

PULVERULÊNCIA

 

Alteração física na coesão da estrutura cerâmica para um estado de desagregação de partículas. (2.p.124)

 

PUNÇÃO

 

Instrumento de ferro utilizados pelos ourives para criarem relevos ou marcas impressas na prata e no ouro. Na pintura medieval, nomeadamente na italiana, foi comum a sua utilização decorativa sobre os fundos em que era aplicada folha de ouro.  (1.p.103) 

 

PUNHOS DOS BRAÇOS

 

Designam a extremidade livre do braço, geralmente mais decorada. (3.p.62)

 

PURIFICADOR

 

Recipiente contendo água, e que era dada a beber, sendo por isso conhecido por vaso comungatório ou ed comunhão, de forma a evitar que restos da sagrada partícula restassem na boca do freguês. (29.p.517)

 

PÚRPURA

 

Cor roxa. Pigmento obtido aa partir de um molusco, com o mesmo nome, existente no mediterrâneo. (1.p.102)

 

PURPURINA

 

Partículas metálicas aglutinadas com óleos, resinas ou ceras que são utilizadas para imitar, a baixo custo, técnicas de douramento. Muito utilizada no restauro de molduras, tende rapidamente a perder o brilho metálico, pela alteração da sua cor pelos produtos de corrosão. (1.p.103)

Preparo com pós metálicos, essencialmente à base de cobre, utilizado para imitar os metais nobres (ouro e prata). (38.p.233)

 

PUTTI

 

Plural de putto, menino alado e nu, motivo característico da Renascença italiana, que viria a ser um motivo decorativo constante da talha barroca nacional. (40.p.270)

 

PUTTO

 

Qualquer menino nu, por exemplo um cupido ou pequeno anjo, que pode ser representado sem asas. (2.p.94) 

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