Glossário de Artes Decorativas
JAÇA
Entre os Joalheiros; qualquer coisa heterogénea , que se vê dentro da pedra fina. (9.p.740)
Termo de gíria que diz respeito a inclusões brancas, planas e alongadas dentro de um diamante. Na maioria dos casos trata-se de planos de clivagem ou fracturas. (5.p.146)
JACARANDÁ
Pau santo, he madeira Brasileira rija, e algum tanto aromático; a madeira he preta, talvez com suas veias arroixadas; ou branca; serve para fazer moveis de casa, grades; para cobrir madeira ordinária, fazendo-o em lâminas, e para marchetar. (9.p.740)
O mesmo que pau-santo ou pau-preto, sendo que estas duas designações são usadas em Portugal, mas não no Brasil. Calvino Mainieri e João Peres Chimelo (…) apresentam três variedades desta essência: “Jacarandá da Baía”, jacarandá mimoso” e “jacarandá-pardo” ou “jacarandá-paulista”. (…) para Tilde canti, para além do “jacarandá-paulista”, contam-se entre as variedades brasileiras mais conhecidas, o “jacandá-cabiuna”, o “jacarandá-caroba”, o “jacarandá roxo e preto” e o “jacarandá-do-pará”. (38.p.232)
JACARANDATAN
Espécie de jacarandá, inferior, e não preto. (9.p.740)
JACENTE
Efígie funerária, geralmente esculpida em vulto, representando o morto deitado e vestido; os jacentes encimam as caixas dos túmulos, ou são representados sobre um leito de aparato. São exemplos de jacentes as esculturas de D. Inês de Castro e de D. Pedro I em Santa Maria de Alcobaça, ou as de D. Afonso Henriques e D. Sancho I, em Santa Cruz de Coimbra. (8.p.130)
Estátua ou figura funerária deitada. Os jacentes encontram-se, em regra, sobre os tampos das arcas funerárias.
JACINTO
Termo antigo usado para designar várias gemas alaranjadas (e.g. hessonite, zircão, turmalina). (5.p.146)
JACINTO ORIENTAL
Designação comercial antiga para a safira alaranjada. (5.p.146)
JADE
Pedra em várias nuances de verde que pode ser jadeíte, isto é, silicato de sódio e alumínio, ou nefrita, silicato de cálcio e magnésio. Os chineses e outros povos orientais, mas sobretudo os primeiros, a usaram para fabricar objectos de luxo como estatuetas, cofres, queima-perfumes, etc. (53.p. 42)
JAGONCA
Termo antigo atribuído ao zircão amarelo-avermelhado, laranja e castanho proveniente do Ceilão. (5.p.146)
JALDE
Cor amarela dourada muito viva. (1.p. 95)
JALDINO
Ver JALDE.
JAMBA
Elemento de arquitectura. O termo identifica cada um dos lados verticais que serve de ombreira a um vão – janela ou porta –, muitas vezes decorados. (8.p.130)
JAPONISMO
Movimento de citação da arte do Japão na arte europeia a partir do século XIX. (2.p.92)
JARDIM DE ESMERALDA
Expressão popular, que diz respeito às inclusões abundantes, observáveis a olho nu, de algumas esmeraldas, aludindo à aparente imagem “jardim” verde em miniatura. (5.p.146)
JARDINEIRA
Recipiente de forma rectangular ou oval, fundo, plano, assente em pequenos pés ou directamente sobre a base; de paredes rectas ou ligeiramente vazadas, geralmente, com uma das faces decorada e no qual se recria um jardim em dimensão reduzida, seja com flores cortadas seja com flores envasadas. (2.p.74)
Do francês jardiniere. Recipiente de forma circular, oval ou rectangular, de paredes levemente abertas e fundo plano, com ou sem pés e provido de alma, destinado a conter recriações decorativas de jardins em miniatura com flores naturais cortadas ou envasadas. Pode também apresentar formas fantasistas de que é exemplo a jardineira em forma de cisne. (p.90)
JARRA
Recipiente decorativo destinado a conter flores, com uma infinita variedade de configurações, podendo funcionar isoladas, aos pares integrando conjuntos mais complexos como centros de mesa ou guarnições de lareira. Ver solitário, tulipeira. (2.p.74)
Mobiliário religioso. Em regra, as jarras eram usadas na ornamentação de altares, integradas nas banquetas, ou na decoração de andores. Executadas em madeira dourada, prateada ou policromada, têm habitualmente a forma de um vaso ou de uma urna, por vezes com um ramo em forma de palma. Este ramo, designado por palmito, poderá ser executado no mesmo material da jarra. (3.p.111)
Vaso alto de paredes abertas, com ou sem estrangulamento mediano. (12.p. 71)
Do árabe jarra (‘vasilha de barro para água’). Recipiente de carácter puramente decorativo ou destinado a conter flores. A sua dimensão e forma podem ser muito variadas, sendo porventura as formas cilíndricas, de vaso ou cónica, as mais correntes. Repousa sobre um pé e uma base ou sobre o fundo plano. Pode ser executado integralmente em prata ou em vidro com aplicação de montagem de prata. (5.p.90)
JARRA DE ALTAR
Recipiente no qual se colocam flores naturais ou artificiais, colocado sobre o altar ou muito próximo deste. (4.p. 142)
JARRÃO
Recipiente decorativo de forma tubular alta, com ou sem tampa, de grandes dimensões, por vezes formando par. (2.p.74)
JARRINHA
Recipiente destinado a conter alimentos líquidos ou semi-líquidos. Corpo globular ou ovóide (ocasionalmente tronco-cónico) com colo alto e duas asas. (12.p.71)
JARRO
Recipiente que se destina a conter e a servir líquidos. É composto por pé, bojo amplo, piriforme, cónico ou cilíndrico, colo estreito com bico mais ou menos acentuado e asa em posição oposta aberto. Certos modelos têm tampa presa com charneira ao corpo. Ver gomil. (2.p.75)
Vaso de médias dimensões, entre o púcaro e o cântaro. Com a bilha, é o vaso por excelência para o serviço de líquidos. (12.p.71)
Recipiente que se destina a conter e a servir líquidos. O bico poderá ser largo e estender-se no prolongamento do colo ou de menor dimensão e adossado apresentando, do lado oposto, uma asa vertical. Pode ter, ou não, tampa articulada e assenta geralmente sobre o fundo plano. Pode ser executado integralmente em prata ou em vidro com montagem de prata. Não deve ser confundido com o gomil. (5.p.91)
JARRO DE LAVA-PÉS
Vaso bojudo e com asa, de grandes dimensões, utilizado especificamente na cerimónia de lava-pés, na Quinta-feira Santa, juntamente com a bacia de lava-pés. (4.p. 148)
JASPE
É uma pedra preciosa que tem alguma semelhança com a pedra ágata, excepto que é menos limpa e mais dificultosa de lavrar. (26.p. 17)
Rocha que constitui uma variedade do quartzo opaco. Pode apresentar coloração vermelha, castanha, verde, amarela, com manchas ou veias. (8.p.130)
Variedade impura de quartzo de grão muito fino e geralmente de cor avermelhada causada por impurezas óxidos de ferro, contendo, por vezes, óxidos de manganês que causam zonas negras. Ocorre numa multitude de texturas e cores, dando origem a outros tantos nomes comerciais. (5.p.146)
JASPE SANGUÍNEO
Ver ÁGATA SANGUÍNEA.
JOEIRAR
Operação que consiste, através do uso de um instrumento próprio, a joeira, na separação da cinza dos carvões que será aproveitada para fazer a calda onde as meadas serão cozidas. (22.p. 143)
JOELHO
Parte mais volumosa das pernas galbadas (em curva e contra curva), geralmente mais decorada. (3.p.61)
Diz-se da curva descrita pela perna de um móvel logo abaixo do aro do assento. Pode ser mais ou menos volumoso, e de saída mais ou menos brusca. (37.p.131)
JOGO DE CAMPAINHAS DE ALTAR
Instrumento sonoro de percussão, tocado pelo sacristão em determinados momentos da missa, para marcar a sua solenidade e para chamar a atenção dos fiéis. É constituído por uma série de campainhas metálicas, geralmente de bronze, integradas numa caixa-de-ressonância munida de cabo no topo. (4.p. 184)
JÓIA
Ver PÉROLA.
JUBÉU
Elemento arquitectónico da grade de coro, onde era lido o Evangelho. Em forma de tribuna, consistia numa plataforma elevada, com vedação, e era geralmente encimado por uma cruz (cruz de jubéu) ou um crucifixo (crucifixo de jubéu), eventualmente ladeados pela Virgem e São João Evangelista. (calvário de jubéu). (4.p. 32)
JUIZ DO OFÍCIO
Pessoa eleita por cada ofício “embandeirado” para os representar junto da Casa dos Vinte e Quatro. (19)