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Glossário de Artes Decorativas

OBELISCO

 

Pilar alto em forma de paralelepípedo que se vai retraindo na parte superior, assumindo forma de pirâmide. As faces são cobertas por inscrições comemorativas. É um monumento típico do antigo Egipto, do qual foi levado para Roma na época imperial; mais tarde, o Papa Sisto V mandou colocar vários exemplares em diferentes pontos daquela cidade. (13)

Pilar quadrangular rematado em forma piramidal.  (8.p.135)

Pilar monolítico, “agulha” de pedra, usado em especial no Egipto antigo, erigido para fins comemorativos. É alto e estreito, de base quadrada e lados inclinados, como um tronco de pirâmide, rematado por uma outra pirâmide baixa. Nas faces eram gravadas inscrições.

OBREIRO

 

Aquele que não se sujeitou a qualquer exame profissional, trabalha na tenda de outro, sob as ordens de um mestre e aufere o respectivo salário. (3.p.22)

 

OCOS

 

O mesmo que pulseira do volfrâmio. (11.p.91)  

 

OCRE

 

Pigmento de terra natural cuja cor é dada por óxidos de ferro. (1.p.99)

 

OCULTAÇÃO DE FISSURA

 

Linhas, normalmente verticais, em baixo-relevo, com arestas vidradas e curvilíneas, resultado da ocultação de fissuras que surgiram na 1ª cozedura, por aplicação de vidrado e decoração. Este defeito é, comummente, encontrado em peças de grande dimensão e está relacionado com a garantia do seu aproveitamento. (2.p.128)

 

OFFSET

 

Moderno processo de impressão litográfica em que a imagem, gravada numa folha de metal flexível, geralmente zinco ou alumínio, é transferida para o papel por meio de um cilindro de borracha. (10)

 

OFICINA

 

Entende-se o local onde a obra é produzida, abrangendo as obras de um artista, colaboradores e seguidores e/ou produções colectivas. (3.p.34)

Na impossibilidade, por vezes, de se identificar seguramente e documentalmente uma obra de arte antiga, quanto à sua autoria, e reconhecidas todavia as suas afinidades estilísticas e técnicas com as de um mestre já estudado e identificado, designa-se tal obra, em história e critica de arte, como sendo da “oficina” do mestre afim. Sabe-se que os mestres mais reputados ou procurados no tempo precisavam de outros artistas colaboradores para cumprirem as encomendas, colaboradores que justamente trabalhavam nas suas oficinas. No geral, esses colaboradores executavam os trabalhos sob a orientação dos mestres, mas alguns deles, mais dotados, realizariam também obra pessoal, embora sob a natural e irresistível influência do chefe da oficina.

OGETEADA (FRANJA)

 

O mesmo que “olheteada”? do exame de oficiais de Sirgaria (“Regimento de Lisboa de 1522) fazia parte da prova guarnecer uma bolsa de veludo. (40.p.267)

 

OITAVO

 

Formato em que a folha é dobrada três vezes. In-oitavo. Encadernação. (10)

 

OJIME

 

“Conta” para cingir o cordão de um inro ou outras bolsas e estojos. (15.p.249)

 

OLANDA

 

Certa lençaria de varias castas. Ha olanda fina, e fina atacada, ordinaria, grossa, riscada, e frizada, larga, e olanda dita com seda. (33.p.53)  

 

OLANDILHA

 

Pano de linho engomado, com que costumão forrar vertidos, etc. (…) Os olandilhas são os que nas procissões de Lisboa andão com o corpo, cuberto de olandilha. De ordinário levão andores. (33.p.53)  

 

OLEADOS

 

Assim se chamão huns panos, que embebidos em matérias oleosas, resistem à chuva, e outras inclemências do tempo. (33.p.54)  

 

OLHA

Recipiente coberto, de forma circular ou ligeiramente ovalada com duas asas simétricas, destinado a transportar e servir a iguaria espanhola com o mesmo nome, olla. A tampa pode apresentar pequeno recorte no bordo para acomodação da concha e no interior pode ter, ou não, uma alma, geralmente provida de duas pegas, para a sua remoção. Repousa sobre quatro pés ou sobre uma base de centro alteado e pode ser acompanhada de um prato, sobre o qual é colocada. Este apresenta a mesma forma da Olha, pode ter duas pegas simétricas e ser, ou não, provido de pés. À excepção da forma, mais arredondada, é em tudo semelhante à terrina, mas não deverá ser confundida com ela. (5.94)

Ver TERRINA.

 

OLHETADA (FRANJA)

 

O mesmo que “ogeteada”? Talvez com orifícios (olhos) na parte tecida, ou “tirela”. (40.p.268)

 

OLHO DE CORVINA

 

Amuleto cigano constituído por olhos de corvina encastoados em ouro. (11.p.91)  

 

OLIFANTE

 

Instrumento musical, do grupo dos aerofones, particularmente raro, utilizado outrora, antes das cerimónias religiosas, para chamar os fiéis. Era feito de presa de elefante, oco, geralmente decorado com motivos relevados e montado numa estrutura de metal precioso. Era utilizado também como relicário ou recipiente para os Santos Óleos. (4.p.182)  

 

OLMAFI

 

Marfim. (45.p.447)

 

OMBRO

 

Parte superior do corpo de um recipiente fechado e com perfil sinuoso. (12.p.141)

 

ONÇA

 

Medida de peso correspondente a 1/16 do arrátel, ou sejam 28, 6875 g. (40.p.268)

 

ONDA

 

Ornato formado pela junção de segmentos circulares alternadamente côncavos e convexos. (2.p.93)  

 

ONDA GREGA

 

Ornato formado pela repetição de uma curva em S, terminando uma das suas extremidades em voluta, a partir da qual se desenvolve a curva seguinte. (2.p.93)

 

ÓNIX

Variedade de ágata com bandas de cor castanha muito escura a preta e bandas brancas, geralmente obtida por tratamento (impregnação) de ágatas de cor pálida. Nome comercial de certas variedades de alabastro de calcite, designadamente no Egipto. (5.p.150)

OPA


Manto real. Capa de irmandade. (27.p.134) 

OPACIFICANTE


Matérias adicionadas aos vidrados para os tornar opacos. (2.p.111) 

OPALA

Material amorfo composto por esférulas de sílica, contendo água na estrutura, o que condiciona a sua estabilidade, nomeadamente ao calor e à falta de humidade. As variedades iridescentes, opalas preciosas, são as mais conhecidas tendo tido expressão maior apenas a partir do século XIX, com a descoberta dos jazigos australianos, apesar de exemplares dos depósitos da Eslováquia (tradicionalmente designadas de opalas da Hungria) e, provavelmente da Etiópia, estarem referenciadas em período anterior. (5.p.150)

ORATÓRIO

 

Mobiliário religioso. Armário fechado, em regra por duas portas frontais, destinado a conter imagens religiosas. Por vezes apresenta um estirador que forma a mesa de altar. São variadíssimas as suas tipologias, abarcando oratórios portáteis, de suspender e de pousar. No Norte do País designa igualmente uma maquineta. (3.p.112)

Espécie de capella pequena, em que com licença do Pontífice, e do Prelado se pode dizer missa. (…)

Também ha oratórios, que se cavam na parede, ou se fazem a modo de armários, com suas portas; tem dentro hum Christo crucificado, e outras imagens, que convidam a orar. Por falta de palavra própria lhe poderás chamar, armarium, ou armariolum sacrum. (33.p.100)

Espécie de nicho ou armário onde estão imagens de santos.

 

ORATÓRIO DOMÉSTICO

 

Imagens colocadas num armário de portas envidraçadas ou um nicho com representações religiosas ou uma cruz, colocados no espaço doméstico para devoção privada. (4.p.105)

 

ORATÓRIO PORTÁTIL

 

Imagem colocada numa caixa que se abre na face dianteira e que é levada de casa em casa para devoção privada. Costuma integrar um compartimento para recolha de ofertas. (4.p.105)

 

ORATORIOSINHO

 

He a modo de hú pequeno armário portatil, com hum Menino Jesus de cera dentro, ou com a figura de outro Santo, que o Ermitão, ou outra pessoa que o traz dá a beijar, com a esperança da esmolinha. (33.p.100)

 

ORELHAS

 

Superfícies arredondadas colocadas perpendicularmente na parte superior das costas para repouso lateral da cabeça. Podem ser fixas ou destacáveis. (3.p.61)

Peças que adossam lateralmente à parte superior das pernas dos assentos, conferindo-lhes maior largura maior largura e uma aparente maior robustez. (38.p.232)

 

ÓRGÃO

 

Instrumento do grupo dos aerofones, utilizado durante os ofícios religiosos. De dimensões e formas variadas, apresenta uma consola com um ou mais teclados e um sistema de foles que faz ressoar os tubos, estes também de diferentes dimensões e formas (com secção quadrada ou circular). É geralmente colocado sobre uma tribuna de órgão. O órgão pequeno, transportável, diz-se órgão portátil, o órgão de média dimensão diz-se órgão positivo, isto é, “de poser”; o órgão de grande dimensão, com caixas de órgão separadas, o órgão propriamente dito, pode dizer-se órgão monumental. Consoante o local que ocupa dentro da igreja, o órgão pode dizer-se órgão de coro, órgão da Epístola, órgão do Evangelho, etc. (4.p.183)

 

ÓRGÃO DE CORO

 

Órgão de pequenas dimensões colocado no coro. (4.p.183)

 

ÓRGÃO MONUMENTAL

 

Órgão de grandes dimensões, com uma caixa de órgão monumental e uma caixa de positivo, colocada à frente da tribuna. (4.p.183) 

ORIENTE

 

Expressão de gíria que diz respeito ao brilho nacarado, ou lustro, da pérola e madrepérola. (5.p.150)

ORILHADO

 

Tecido grosseiro de lã, usado dantes em vestidos de luto, que significa ourelo. (27.p.139)

 

ORNAMENTO

 

Motivo que valoriza esteticamente uma superfície, um objecto ou um espaço. Os ornamentos podem ser geométricos ou compostos por formas naturais, folhagens, animais e figuras humanas, sujeitas a simplificações ou a idealizações não realistas. (2.p.93) 

Do latim ornamentum. Adorno. Decoração com ornamentos; em geral, tudo o que signifique adicionar beleza, acrescentar graça ou valorizar o objecto. Motivos isolados (p. ex., uma fola) de uma decoração utilizados para embelezar e complementar, geralmente associados à forma principal, embora também possam fazer parte dela. (25.p.350)

 

ORNAMENTOS

 

Nome dado em Quinhentos às alfaias do culto de igrejas, capelas, etc., nomeadamente: paramentos, frontais e véus de altar, vestidos de imagens, tapetes e tapeçarias, cera, etc. (40.p.268)

 

ORNAMENTO DE ALTAR

 

Decoração amovível, em tecido ou num material flexível (couro, papel, etc.), ou rígido (metal, geralmente precioso e, neste caso, podendo apresentar decorações de esmaltes ou incrustações de pedraria preciosa ou semipreciosa), que cobre a face anterior e, eventualmente, os lados ou a parte posterior de um altar. A peça que se coloca na face anterior diz-se frontal de altar. Em Portugal é frequente o revestimento do altar em painéis de azulejo. (4.p.22)

 

ORNATO

 

Forma convencional usada na valorização estética de um objecto ou espaço. São muitos e variados os tipos de ornamentos de que são exemplo, arabescos, aspas, besantes, bicos, bilhetas, botões, cabeças-de-prego, cabos, dentes-de-cão, óvulos e dardos, palmetas, pâmpanos, pontas de diamante, rosários, xadrez; figuras geométricas, vermiculados, folhas de acanto, palmitos, grifos, golfinhos, atlantes, cariátides ou putti. (2.p.93) 
Elemento decorativo aplicado a uma determinada superfície que valoriza esteticamente a sua forma. Termo equivalente a adorno, ornamento, enfeite ou motivo decorativo. (5.p.124) 

OSSO

Material rígido e no geral poroso que constitui o esqueleto dos vertebrados proveniente dos ossos longos (e.g. fémur) de mamíferos (e.g. elefante, suínos, bovídeos e cervídeos), bem como das mandíbulas de baleia e cachalote. Foi muito comum em adornos na pré-história, sendo actualmente empregue, por exemplo, em botões e como substituto de marfim. (5.p.150)

OSTENSÓRIO

 

Termo que tem origem na palavra latina ostensum – peça litúrgica idêntica à custódia. Esta tipologia também se pode referir a uma espécie de relicário que guarda uma imagem ou relíquia santificada, ou ainda um selo oval em cera com a representação do Agnus-Dei. (5.p.95)

Suporte utilizado para a exposição do Santíssimo. Geralmente em metal precioso, é constituído por uma armação mais ou menos elaborada, elevada sobre um pé e encimada por cruz, no centro da qual se insere um elemento envidraçado onde, durante aquela cerimónia, se apresenta o crescente eucarístico ou a lúnula com a grande hóstia consagrada. Registam-se várias tipologias, sendo a mais frequente o ostensório radiante, quando o receptáculo é rodeado por uma auréola radiante, ou o ostensório arquitectónico, quando o receptáculo, em forma de caixa cilíndrica verticalizada, se insere numa armação de tipo arquitectónico. (4.p.128)

 

OSTENSÓRIO-RELICÁRIO

 

Mobiliário religioso. Executado em madeira, é formalmente semelhante ao ostensório eucarístico (custódia), com receptáculo envidraçado para colocação e exposição da relíquia. (3.p.114)

Ostensório com relicário cilíndrico, transparente, colocado na horizontal ou na vertical, para exposição da relíquia. (4.p.106)

 

OURELA

 

Diz-se da seda, e ourelo do panno. He a extremidade do panno de seda, ou de lã, que serve como de limite à largura por huma, e outra parte. (33.p.145)

 

OURELO

 

Tecido de lã grosseira à borda do panno, para não se desfiar. (27.p.142) 

OURIVES BARBELEIRO

 

Aquele que confecciona correntes formadas por vários elos (ou barbelas) para produção de fios de ouro, além de executar as tarefas fundamentais do ourives do ouro. (11.p.19)  

 

OURIVES CONSERTEIRO

 

Executa, exclusivamente, consertos em objectos manufacturados com metais finos. (11.p.20)  

 

OURIVES CORDOEIRO

 

Executa as tarefas fundamentais do berbeleiro, mas a sua actividade dirige-se, especificamente, à obtenção de cordões ornamentais de metal precioso, cujos elos são soldados 2 a 2 e dispostos segundo planos perpendiculares entre si. (11.p.20)  

 

OURIVES CRAVADOR

 

Trabalhador que fixa as pedras ornamentais nas jóias através do sistema de cravação. (11.p.20)  

 

OURIVES DA PRATA

 

Artífice que vende e lavra peças de prata. (33.p.147)

Artífice que realiza peças de prata, tanto de tipologias civis como religiosas, podendo-se socorrer de outros materiais, mas desde que não interferisse com o rol de objectos passíveis de serem realizados pelos ourives do ouro. (…) no entanto, peças há, como as fivelas ou os resplendores, que foram objecto de execução por ambos os tipos de ourives. (39.p.228)

 

OURIVES DO OURO

Ourives que repara ou fabrica artefactos utilizando ferramentas manuais ou mecânicas. (11.p.20)  

Artífice que vende e lavra peças de ouro. Também vende pedraria fina, & cheyros preciosos, como âmbar, almíscar. (33.p.147)

Artífice que realiza peças de joalharia ou outras afins, de reduzida dimensão, com ou sem gemas. Pode socorrer-se do trabalho de outros artífices, como os cravadores e os lapidários. Segundo Franceschi, a diferença fundamental entre ourives do ouro e ourives da prata residia no tamanho das peças que ambos podiam fazer, pois enquanto os primeiros realizavam peças de ouro e prata de pequenas dimensões, os segundos só executariam as de grande tamanho; tal interpretação encontra situações distintas na prática, pois observamos ourives da prata a realizar, por exemplo, resplendores e fivelas. Na cidade do Porto, os ourives do ouro e os ourives da prata assinaram, nos finais do século XVII, uma concordata estabelecendo que peças deveriam ser feitas pelos ourives do ouro, para haver uma separação precisa entre os dois ofícios, o que também permitia que fosse realizado um controle mais eficaz. (39.p.228)

 

OURIVES ENCHEDOR

 

Preenche as armações confeccionadas pelo filigraneiro com fio metálico torcido e laminado – a filigrana – disposto de modo a formar rendilhados artísticos. (11.p.20)  

 

OURIVES ESCOVILHEIRO

 

Trabalhador que procede ao tratamento e aproveitamento dos resíduos das escovilhas. (11.p.20)  

 

OURIVES ESMALTADOR

 

Aplica camadas de esmalte para decoração de jóias e filigranas, após preparação prévia da superfície dos objectos, utilizando espátulas apropriadas, podendo a esmaltagem ser feita por maçarico ou forno. (11.p.20)  

 

OURIVES ESTAMPADOR

 

Enforma a peça metálica por prensagem em balancé. Coloca a chapa adequada entre os cunhos e põe o balancé em movimento para comprimir a chapa e dar-lhe forma; observa a peça depois de enformada para ver se apresenta defeitos. (11.p.20)  

 

OURIVES FILIGRANEIRO

 

Confecciona as estruturas que compõem determinados objectos de adorno pessoal ou decorativo a serem realizados utilizando a técnica da filigrana. Posteriormente, procede aos necessários trabalhos de montagem, soldadura e acabamento; realiza, pois, as tarefas fundamentais do ourives do ouro. (11.p.20)  

 

OURIVES FUNDIDOR-MOLDADOR

 

Executa moldações em caixas próprias, de ferro fundido (frascos com areia especial), em cujo interior são vazadas ligas metálicas em fusão, a fim de obter peças fundidas. Este ourives também pode obter peças fundidas de metais preciosos utilizando o processo das ceras perdidas. Executa o molde em cera, que depois é montado em “árvore”; posteriormente, para repetições do mesmo, envolve o modelo em borracha, que será vulcanizada numa prensa eléctrica, e corta-a com um bisturi, retirando o modelo; leva o molde de borracha a uma injectora para lhe introduzir a cera; deixa arrefecer e retira o modelo, colocando-o numa árvore para entrar no processo normal de injecção. (11.p.20)  

 

OURIVES GRAVADOR MANUAL

 

Talha manualmente letras e motivos decorativos sobre jóias, com o auxílio da lupa, servindo-se de buris de diversos tipos. Pode trabalhar segundo a sua inspiração, criando desenhos a gravar, ou segundo modelos. (11.p.20)  

 

OURIVES GUILHOCHADOR

 

Ornamenta, em sulcos, determinadas peças de ourivesaria, servindo-se de uma máquina apropriada; monta na máquina o buril a utilizar e regula-o para a profundidade de corte pretendida; fixa o objecto a guilhochar na cabeça da máquina, monta as matrizes do dispositivo apropriado e adapta a uma delas o ponteiro apalpador. Executa os sulcos necessários para a perfeita cobertura da peça, mudando de matriz sempre que for preciso. (11.p.21)  

 

OURIVES JOALHEIRO

 

Executa ou repara artefactos de metais preciosos de grande valor, incluindo, em geral, trabalho de cravação de pedras. (11.p.21)  

 

OURIVES LAMINADOR

 

Opera uma máquina que reduz a várias espessuras barras ou arruelas de metais preciosos, ou outros, segundo técnica apropriada, fazendo passar o lingote através do rolo laminador, o qual aperta até conseguir a espessura desejada. (11.p.21)  

 

OURIVES POLIDOR

 

Realiza o acabamento das peças de ourivesaria e joalharia, polindo-as. (11.p.21)  

 

OURIVESARIA

 

Ourivesaria de prata, ou ouro. Officinas, logeas, e todo o lugar onde trabalham ourives da prata, ou do ouro. (33.p.148)

Arte de trabalhar os metais nobres, conjugados ou não com gemas ou outros materiais raros (coral, ovos de avestruz, cascas de coco, marfim, entre outros). Na ourivesaria, há a distinção entre a prataria, que envolve a feitura de peças de prata, com fins sacros utilitários ou de decoração do espaço, e a joalharia, queenvolve a execução de jóias ou objectos afins, podendo ser de ouro, prata e materiais preciosos ou raros. (39.p.227) 

 

OURO

Metal nobre de cor amarela e brilhante, extremamente maleável e dúctil, inoxidável e inatacável pelos ácidos (quimicamente inerte), empregue, por exemplo, em ourivesaria e em moedagem. Trata-se de um mineral, elemento nativo, com símbolo Au, ponto de fusão a cerca de 1063ºC, dureza de 21/2 na escala de Mohs. Pode ser ligado, em diversas proporções, a prata, cobre, zinco ou paládio para obtenção de ligas de cores e propriedades diferentes. (5.p.150)

OURO DE LEI

Denominação que indica que a liga de ouro obedece à proporção estabelecida por lei (actualmente, em Portugal, nos toques de 375‰, 583‰, 750‰, 800‰, 916‰ e 999‰, o ouro fino). (5.p.151)

OVALATURA

 

Motivo decorativo muito utilizado entre os Etruscos. É formado de elementos convexos que se dispõem verticalmente. Estes elementos chamam-se óvulos, e encontram-se sobre uma moldura arquitectónica. (7.p.132) Denominação que indica que a liga de ouro obedece à proporção estabelecida por lei (actualmente, em Portugal, nos toques de 375‰, 583‰, 750‰, 800‰, 916‰ e 999‰, o ouro fino). (5.p.151) 

 

ÓVALO

 

Ver ÓVULO.

 

OVEIRO


Objecto em forma de pequeno copo destinado a servir o ovo quente, colocado na posição vertical. É constituído por uma copa semi-oval assente sobre um pé com base. A base poderá apresentar a forma de uma segunda copa, vertical ou horizontal, o que torna possível a utilização deste objecto numa posição invertida. (5.p.95) 

OVEIROS COM SUPORTE

Conjunto de oveiros, habitualmente em número de quatro ou seis, e respectiva estrutura de suporte. Estaé provida de aros circulares para a colocação dos oveiros e, por vezes, de igual número de aros menores para acomodação das respectivas colheres. Ocasionalmente, a estrutura poderá contemplar um aro central para colocação de um saleiro. É geralmente provida de uma asa fixa ou articulada. (5.p.95)

ÓVULO

 

Ornato comum em forma de ovos truncados separados por dardos ou folhas. (2.p.93)

Ornamento constiruído por formas de ovo e colocadas ao longo de uma moldura. (7.p.132) 

Motivo decorativo composto por formas ovais. (5.p.124)

 

ÓXIDO DE ANTIMÓNIO

Opacificante de vidrado que pode substituir o óxido de estanho ou o de zircónio. Combinado com chumbo e estanho, a baixa temperatura, dá amarelo de Nápoles. (2.pp.111-112) 

 

ÓXIDO DE COBALTO

 

Corante muito activo, utilizado para os tons de azul. Em grandes quantidades pode ser usado como fundente. Misturado com óxido de zinco obtêm-se azuis intensos; com óxido de magnésio, os tons púrpura, com óxidos de ferro, cobre e níquel, diferentes tonalidades de azul. (2.p.112) 

 

ÓXIDO DE COBRE

 

Corante para os tons de verde. Sobre vidrados alcalinos, produz tons de azul. Nos vidrados de chumbo, em cozedura oxidante, produz verdes intensos e, quando fundido com atmosfera redutora, uma gama de vermelhos. Misturado com cobalto, produz uma gama de verdes azulados. Com ferro, urânio, vanádio e rútilo, origina verdes amarelados e verde musgo. (2.p.112) 

 

ÓXIDO DE CRÓMIO

 

Corante refractário cuja cor não se altera nem em atmosfera redutora nem oxidante. A cor obtida a partir deste óxido altera-se com o componente adicionado: com zinco, o verde passa a rosa acastanhado; com chumbo, fica mais amarelado; no vidrado alcalino, origina tons escuros; com estanho e chumbo dá esmaltes rosas e vermelhos; com maior percentagem de chumbo, laranja avermelhado.

Altera-se também com baixa temperatura, resultando em amarelos, vermelhos, rosas, castanhos e verdes e com alta temperatura em rosas, azul esverdeado e verde-esmeralda. (2.p.112) 

 

ÓXIDO DE ESTANHO

 

Opacificante dos vidrados, caracterizado por conferir um branco cremoso e usado para cozeduras a baixa temperatura. Dá um tom rosado em alguns vidrados e às vezes um acabamento lustroso. É usado para o rosa de crómio. (2.p.112) 

 

ÓXIDO DE FERRO

 

Corante muito activo. Aparece sob duas formas, o óxido de ferro vermelho que é sulfato ferroso calcinado, e o óxido de ferro negro. Responsável pela coloração avermelhada das argilas, é considerado uma impureza nas argilas claras. Em cozedura com atmosfera redutora origina uma gama de verdes e combinado com outros óxidos pode, igualmente, originar azuis. (2.pp.112-113)

 

ÓXIDO DE MANGANÊS

 

Corante. Apresenta-se sob a forma de bióxido de manganês e a sua cor natural é castanho arroxeado. Emprega-se quando se pretende obter tons violáceos (castanhos ou azuis). Sobre vidrados alcalinos, produz tons de azul violáceo. Misturado com óxido de cobalto produz violetas profundos. (2.p.113) 

 

ÓXIDO DE NÍQUEL

 

Corante refractário que origina colorações acastanhadas, amareladas, esverdeadas e acinzentadas. Aparece sob duas formas: óxido de níquel negro e óxido de níquel verde. Em vidrados com elevado teor de zinco e em atmosfera redutora, origina amarelos brilhantes, púrpuras e azuis. Isoladamente origina cinzentos, verdes e azuis. É pouco empregue devido à sua grande instabilidade. (2.p.113) 

 

ÓXIDO DE SÓDIO

 

Fundente muito activo que aumenta a fluidez do vidrado durante a fusão. É utilizado na cerâmica sob a forma de carbonato, fosfato ou silicato. Combina-se muito bem com outros óxidos corantes, particularmente os de azul e turquesa. O seu coeficiente de dilatação é muito elevado, o que diminui a elasticidade e a resistência à tensão provocando rachas na superfície vidrada. (2.p.113) 

 

ÓXIDO DE TITÂNIO

 

Opacificante muito activo e de todos o que produz melhor branqueamento. Pode originar texturas, formar cristais nos vidrados e alterar algumas cores. Confere tons amarelados ou azulados. (2.p.113) 

 

ÓXIDO DE URÂNIO

 

Corante principalmente usado na pintura sobre porcelana que surge sob duas formas: o bióxido de urânio que, a baixa temperatura e em vidrados de chumbo, origina vermelho alaranjado; e o óxido de urânio, salino que produz amarelos pálidos nos vidrados alcalinos e amarelos alaranjados nos vidrados de chumbo. A alta temperatura, em atmosfera oxidante e em combinação com vidrados calcários resulta um amarelo limão, e em atmosfera redutora dá negro. (2.pp.113-114) 

 

ÓXIDO DE VANÁDIO

 

Corante obtido pela calcinação do anidrido (ácido) de vanádio que é um metal muito duro que funde a uma temperatura de 1750º C. Com este óxido obtêm-se cores amarelas, e em atmosfera redutora, cinzentos. (2.p.114) 

 

ÓXIDO DE ZINCO

 

Fundente para altas temperaturas que misturado com o cobre dá turquesa e com o crómio dá tons de terra queimada. Empregue em quantidade excessiva torna o vidrado demasiado refractário e viscoso. Tende a opacificar os vidrados e o branco é rosado.

Para além do brilho, aumenta a dureza e a durabilidade dos vidrados, e quando usado em alto grau de saturação produz texturas cristalinas. (2.p.114) 

 

ÓXIDO METÁLICO

 

Metal combinado com oxigénio, sob forma de pó moído. O óxido de silício é essencial para qualquer vidrado, podendo todos os outros, integrarem ou não, a sua composição. Conferem propriedades transparentes, alcalinas, opacas ou matizadas.

Os óxidos, segundo a valência dos átomos do oxigénio, dividem-se nos seguintes grupos: RO-R2O, óxidos que actuam como fundentes; R2O3, os que interferem na viscosidade; e os RO2, os que produzem a vitrificação. (2.p.114) 

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