Glossário de Artes Decorativas
UCHA
Tulha; caixa grande ou caixão para guardar mantimentos. Muito simples e sem decoração, era usada nas ucharias portuguesas. (30.p.261)
Caixa de guardar pão, e outras vitualhas. (27.p.499)
Caixa ou arca em que os lavradores guardam o pão e os géneros alimentícios; tulha. Serviam, porém, para objectos domésticos (panos, documentos, etc.) (40.p.275)
UCHIWA
Ventarola, leque rígido. (15.p.250)
ULTRAMARINO
Ver LÁPIS-LÁZULI.
ULTRAVIOLETA
A fluorescência ultravioleta é uma técnica de exame muito útil para detectar intervenções mais ou menos recentes na pintura. Consiste em iluminá-la com luz ultravioleta, através de uma lâmpada negra, chamada de Wood, e observar a fluorescência dos materiais que compõem a pintura. Vernizes novos e antigos, repintes e retoques reagem diferentemente permitindo ver intervenções na pintura. Pode fotografar-se com um tipo normal de película a branco e negro. (1.p.114)
UMBELA BASILICAL
Insígnia de uma basílica, com as cores papais e a forma de umbela. É feita em tecido, esticada sobre uma armação de varetas radiais ou, mais raramente, em madeira ou metal, e sustida por uma haste. Pode ser levada em procissão, juntamente com o tintinábulo, a cruz processional e as virgas rubras. (4.p.61)
UMBELA PROCESSIONAL
Pálio em forma de guarda-sol levado na procissão em sinal de reverência sobre o Santíssimo Sacramento, o Papa, cardeais, bispos ou alguns altos dignitários eclesiásticos. A umbela processional é: branca, para o Santíssimo Sacramento; branca ou vermelha para o Papa; vermelha ou roxa para um cardeal; roxa ou verde, para um bispo; eventualmente azul para outros altos dignitários eclesiásticos. (4.p.138)
UNGUENTÁRIO
Vaso de pequenas dimensões, de forma variável mas normalmente semelhante a pequenas garrafas. A sua identificação dependerá do contexto cronológico específico. Vaso aberto de dimensões modestas, sempre de formas abertas (ainda que os perfis possam variar imenso). (12.p.73)
UNICÓRNIO
Animal fabuloso representado como um cavalo branco com um chifre no meio da testa. Na Europa medieval tinha a conotação de pureza e virgindade. (17)
URDIDURA
É o nome pelo qual é conhecido o conjunto de fios por onde passa a trama. Estes fios dispõem-se paralelamente no comprimento do tear. É também o conjunto de fios verticais esticados por meio de pesos de barro. (7.p.178)
URDUME
Ver URDIDURA.
URINOL
Recipiente de aplicação parietal que permite aos indivíduos do sexo masculino urinar em pé. Pode ter forma de vaso alto com ou sem pegas. (2.p.86)
URNA
Recipiente com função decorativa ou funerária. Geralmente de forma ovoide ou em tronco de cone, com pé ou pedestal ornamentado, abertura de diâmetro menor do que o corpo e, geralmente, com duas asas laterais e tampa. (2.p.86)
Motivo ornamental em forma de vaso, característico da ornamentação da Antiguidade Clássica e retomada no período neoclássico, rematando (coroando) habitualmente as extremidades e o centro de peças de mobiliário. (38.p.234)
Palavra de origem latina (urna). Vaso de diversas formas e tamanhos. (5.p.112)
URNA DO CINERÁRIO
Recipiente com tampa e geralmente decorado, destinado a guardar as cinzas de um defunto. (5.p.113)
URNA DO SANTÍSSIMO SACRAMENTO
Mobiliário religioso. Receptáculo fechado para guardar a hóstia consagrada na Quinta-feira Santa, comportando símbolos ou iconografia da Paixão. Era colocado à exposição dos fiéis num altar preparado para o efeito, vulgarmente designado Monumento ou Sepulcro. Os exemplares dos séculos XVIII e XIX têm habitualmente a forma de um cofre de madeira dourada, fechado e rematado pelo Agnus Dei, representado nas variantes do cordeiro pascal e do cordeiro apocalíptico, por vezes combinando elementos comuns. Em regra, é ornamentada por um esplendor com raios espelhados, desmontáveis. Na documentação antiga recebe o nome de “cápsula”. (3.p.116)
Sacrário em forma de urna e fechado à chave, no qual se conserva a hóstia consagrada num cálice, entre a Quinta-feira e a Sexta-feira Santas. A urna do santíssimo costuma ser solenemente exposta à adoração dos fiéis. (4.p.51)
Recipiente destinado a conter a sagrada partícula por ocasião da Quinta-Feira Santa. Deu origem a peças esplendorosas da ourivesaria portuguesa, especialmente no século XVIII. Podia ser rematada pela representação do “Agnus Dei”, sobre o Livro dos Sete Selos do Apocalipse. (29.p.519)
Receptáculo usado para guardar a hóstia consagrada durante a Semana Santa, entre a Quinta-feira Santa até à Ressurreição do Senhor, no Domingo de Páscoa. (5.p.113)
URNA PARA ÁGUA
Recipiente com tampa, habitualmente em forma de vaso ou periforme, assente sobre pés altos ou sobre uma base elevada e provido de escalfador, destinado a aquecer a água para o serviço do chá e do café. Tem pequeno bico com torneira posicionado na secção inferior do bojo e geralmente ostenta duas asas simétricas. (5.p.113)
URNA PARA VOTAÇÕES
Mobiliário religioso. Receptáculo com um orifício ou ranhura no tampo para recolha dos votos dos membros das irmandades, ordens terceiras e ordens religiosas. (3.p.116)
URNA-RELICÁRIO
Mobiliário religioso. Contentor habitualmente de planta rectangular e cobertura piramidal, de dimensões variadas, com uma abertura envidraçada(s) que permite a observação da(s) relíquia(s) contida no seu interior. (3.p.114)
Receptáculo para relíquias de grande dimensão, em forma de caixa de secção triangular, tampo piramidal e com, pelo menos, uma face envidraçada, permitindo ver o conteúdo. (4.p.111)
URUSHIE
Técnica segundo a qual pigmentos são misturados com laca e aplicados com um pincel. (15.p.250)