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Glossário de Artes Decorativas

SABANA

 

Ver SAVANA.

 

SABONETEIRA

 

Caixa para guardar o sabão ou sabonete usado nos cuidados de higiene corporal. De forma redonda, oval ou rectangular, pode ter um crivo e tampa. (3.p.82)  

 

SABRE

 

Forma convexa desenhada pelos lados do espaldar que se prolonga pelas pernas traseiras recuadas. Desenho característico das cadeiras inglesas e adoptado por muitas cadeiras portuguesas do século XVIII. Por outro lado designam-se “pernas em sabre” as quatro pernas arqueadas características dos estilos Directório, Consulado e Império. (38.p.234)

 

SACO DE CÁLICE

 

Saco, geralmente em tecido ligeiro, utilizado para proteger o cálice quando este não esteja a ser utilizado. O cálice e o saco podem ser guardados conjuntamente num estojo próprio. (4.p.75)   

 

SACRA

 

Pequeno painel, geralmente emoldurado, contendo alguns dos textos imutáveis da missa e utilizado, pelo celebrante, como auxiliar de memória. Integra-se geralmente num grupo de três peças, sendo a central maior do que as laterais, colocadas de cada um dos lados do altar. (4.p.143)   

Mobiliário religioso. Tabela emoldurada com o texto Gloria in excelsis, em regra acompanhado pelas orações do Cânone e do Ofertório; o seu uso era obrigatório e colocava-se no centro do altar. No início do século XVII tornou-se comum a utilização de mais duas sacras, em regra de menores dimensões, uma com o texto do início do Evangelho segundo S. João e a outra com o do Lavabo e a fórmula da bênção da água. (3.p.114)

Do latim sacra. Objecto litúrgico concebido em diferentes formatos e materiais que era colocado sobre o altar e que continha diversas orações, servindo de auxiliar de memória do oficiante, no momento da missa em que se celebra o mistério da consagração do corpo e sangue de Cristo. (5.p.104)   

 

SACRAMENTÁRIO

 

Livro litúrgico, com orações, usado pelos sacerdotes na celebração da missa. (10)

 

SACRÁRIO

 

Mobiliário religioso. Móvel para guarda da reserva eucarística depositada no cofre ou na píxide. Após o Concílio de Trento, o sacrário, também designado por tabernáculo na documentação antiga, é incorporado no retábulo, se bem que na primeira metade do século XVI existissem já pequenos móveis colocados no centro do altar. Esta tipologia possui invariavelmente uma pequena porta frontal com fechadura e uma chave (dourada ou prateada) presa por um laço ou corrente. Estes móveis, habitualmente em madeira dourada, poderão comportar temática cristológica ou simbologia eucarística: custódias, píxides, cálices, patenas, uvas, espigas de trigo, etc. Os sacrários escavados na parede que antecederam esta tipologia, possuíam invariavelmente duas portas, em regra de madeira dourada com fechadura e chave. (3.pp.114-115)   

Armário, com porta fechada à chave, onde se guarda a reserva eucarística. É colocado acima e atrás do altar. Apresenta, geralmente, formas arquitectónicas mais ou menos desenvolvidas. Pode comportar uma estrutura que permita expor o Santíssimo Sacramento. (4.p.50)    

Do latim sacrarium. Pequeno armário geralmente fixo sobre o altar-mor ou noutros altares de capelas secundárias, onde são guardadas as hóstias consagradas em alfaias litúrgicas usadas no culto. (5.p.104)

 

SAFIRA

 

Gema cuja designação, dita isoladamente, caracteriza uma variedade azul do corindo. No entanto, existem safiras de várias cores. Foi muito poucas vezes utilizada na joalharia portuguesa setecentista. (39.p.229) 

Variedade gemológica de corindo, ocorrendo em todas as cores, menos a vermelha (rubi), sendo a azul a mais conhecida. Com utilização notória na Idade Média e século XVI e XVII, não tem em Portugal grande expressão no século XVIII e XIX, procedente essencialmente do sudeste asiático, em especial do Sri Lanka (Ceilão). (5.p.156)  

SAFIRA BRANCA

 

Nome comercial da safira incolor. Nome erróneo de gíria do século XX que refere materiais gemológicos incolores que simulam o diamante. (5.p.157)

 

SAGEJUBAKO

 

Caixa compartimentada com uma pega geralmente utilizada para alimentos. (15.p.249)

 

SAIA

 

Elemento central que prolonga inferiormente a frente e as ilhargas de vários móveis e onde geralmente se concentra o trabalho decorativo. (3.p.60)

Este nome, que hoje se apropria à vestidura da mulher honesta da cintura para baixo, significava antigamente a capa, saio ou roupão do secular, e a túnica ou hábito do religioso ou monge. (45.p.549)

 

SAIAL

 

Elemento central que prolonga inferiormente a frente e as ilhargas de vários móveis e onde geralmente se concentra o trabalho decorativo. (3.p.60)

Panno grosseiro. (27.p.367)

 

SALADEIRA

 

Recipiente para temperar e servir legumes crus. Taça com ou sem pé e sem asas. (2.p.82)

 

SALEIRO

 

Recipiente para se guardar e servir o sal à mesa. Inicialmente tinha a configuração de pequena taça circular ou oval, elevada numa base ampla, coberta ou não. Em modelos mais recentes é um recipiente tubular fechado com orifícios no topo. Surge com frequência associado a um pimenteiro ou integrando um conjunto de galheteiro. (2.p.82)

Vaso, cm que se põe sal na mesa. (27.p.368) 

Recipiente para guardar e servir o sal à mesa, conhecido numa grande variedade de tipologias e tamanhos, desde os exemplares mais aparatosos e de carácter cerimonial aos mais vulgares. É constituído por uma pequena taça, habitualmente circular ou oval elevada numa base ampla ou sustentada por três ou quatro pés. O interior da taça é habitualmente de prata dourada podendo, noutros casos, apresentar uma alma de vidro. O seu corpo pode apresentar forma circular, oval, rectangular, poligonal, humana ou fantasista. Ocasionalmente é acompanhado por uma pequena colher para servir o sal. Entre os exemplares mais recentes é comum o saleiro periforme ou cilíndrico fechado e com a parte superior perfurada, tipologia geralmente associada ao pimenteiro. Consoante o número de taças ou receptáculos para colocação do sal, este recipiente recebe uma designação complementar: duplo – quando apresenta dois receptáculos. (5.p.104)

 

SALEIRO BAPTISMAL

 

Pequeno recipiente com tampa para conservar o sal do baptismo. O interior é vitrificado ou integra um receptáculo de vidro. (4.p.152) 

 

SALGADEIRA

 

Tina com fundos postiços, em que se tem o peixe, ou carne na salmoeira. (27.p.369)

 

SALGÃO

 

Ver SELGÃO.

 

SALVA

Do grego hypocratera. Objecto em forma de prato, liso ou lavrado, habitualmente de forma circular podendo também ocorrer noutras formas como quadrada, oval ou poligonal. Peça de aparato por excelência e simultaneamente ligada aos rituais de comensalidade da corte, desempenhava uma função específica no ritual de prudência designado por “tomar a salva”. Este ritual traduzia-se no acto de derramar sobre a salva a bebida que se administrava ao Príncipe para o trinchante a provar antes do Príncipe, e assim salvá-lo de toda a traição e veneno7. Para além desta função, associada ao ritual de prevenção contra os venenos, podia também assumir um papel ostentatório e sumptuário quando exibida no aparador (ver Prata de aparato). Com o decorrer do tempo, a sua funcionalidade primordial foi-se vulgarizando e a sua utilidade tornou-se diversa. Consoante o modo de sustentação ou apoio do seu corpo, i.e., do prato, recebe uma designação complementar: de pé alto – o corpo apoia sobre um pé central habitualmente provido de uma base circular de centro alteado. De pé baixo – o corpo assenta sobre um pé baixo de centro alteado ou sobre uma base anelar de perfil tendencialmente côncavo ou rectilíneo. De pés – o corpo assenta sobre vários pés, em número de três a cinco. (5.pp.105-106)

Peça de serviço de vidro, ou metal, he hum como prato sustentado em hum, ou mais pés sobre que se traz a taça, copo, etc. Tomar a salva, comer, ou beber primeiro daquilo que se oferece ao hóspede, para lhe mostrar que não há veneno. (27.p.371)

A salva é a mais comum tipologia de peças de ourivesaria, a par com os talheres e os castiçais, desde a Idade Média. As suas diferentes tipologias vão surgindo ao longo dos tempos com maior ou menor assiduidade. No período compreendido entre 1750 e 1810, podemos verificar quatro grandes tipologias: salvas sem pés (ainda até 1760/1770), salvas de pé baixo (muito raras); salvas de pé alto (até cerca de 1760), e salvas de pés (as mais comuns). (29.p.517)

 

SALVA DE APRESENTAÇÃO

 

Salva utilizada na missa pontifical para depor, no ofertório, as luvas pontificais e o anel episcopal do bispo que assiste à missa e de quem pode apresentar as armas ou insígnias. (4.p.93)

 

SALVA DE OFERTÓRIO

 

Vaso de ofertório largo, pouco fundo e munido de asas (tipologia pouco usual em Itália e Portugal). (4.p.120)

 

SAMBLAR

 

Técnica de união de peças de madeira utilizada na construção de obras de carpintaria ou de marcenaria. (3.p.38)

Acto de executar a união de peças de madeira através de diferentes tipos de encaixe. Os mais comuns são os de “cauda de andorinha”, de “furo-respiga”, de “meia-esquadria” e de “macho-fêmea”. Por vezes as uniões são reforçadas por cavilhas de travamento. Ensamblar. (38.p.234)

 

SAMOVAR

 

Objecto aparatoso, executado em Portugal a partir dos finais do século XVIII, tendo tido uma ampla divulgação nas primeiras décadas do século XIX. Era composto por um recipiente alteado (de formato variadao, como pipa, bolota, urna, entre outros) para conter água para o chá, que jorrava de uma ou mais torneiras. Sob o recipiente podia encontrar-se uma lamparina, de forma a manter o líquido quente. (29.pp.517-518) 

Termo de origem russa (samovár, ‘que ferve por si mesmo’), adoptado a partir de 1855 para designar um recipiente habitualmente em forma de vaso, urna ou globular, destinado a conter e dispensar água quente para o chá e café, através de um pequeno bico com torneira posicionado na secção inferior do bojo. Pode apresentar uma base com pequenos pés, elevar-se sobre pernas altas ou repousar sobre um escalfador. Compreende uma chaminé central para a saída do ar quente resultante do aquecimento da água pelo escalfador, podendo também ser utilizada, na ausência deste, para introduzir um ferro previamente aquecido. (5.p.106)

 

SANCAI

 

Literalmente, “três cores”. O termo refere-se, simultaneamente, aos vidrados plumbíferos verde, âmbar e creme usados sobre as terracotas da dinastia Tang e ao nome pelo qual estas são conhecidas. Estas cores, por vezes, aliam-se ao azul-escuro, ao turquesa e ao violeta-beringela. (14.p.279)   

 

SANDÁLIAS PONTIFICAIS

 

Sapatos fechados e de tacão raso usados, durante a missa, pontifical, pelos prelados que gozem de privilégios pontificais. São de seda, segundo as cores do tempo litúrgico, excepto o preto, com atacadores de fita ou cordão com borlas nas extremidades; a ornamentação do calçado, a cor e o material dos atacadores variam conforme a dignidade do prelado que as usam. São usadas com cáligas. (4.p.164)                                                                                                                                                                                 

SANEFA

 

Peça do cortinado que se atravessa no alto da portada, e chega de huma perna à outra. (27.p.373).

Ver FRONTAL de ALTAR.

 

SANGUÍNEA

Também conhecida por giz vermelho, cuja cor varia entre o laranja-avermelhado e o vermelho-acastanhado. Designa-se por sanguínea por associação com a cor do sangue. (25.p.351)

Lápis de cor vermelho escuro a base de um óxido de ferro (hematites), utilizado por muitos pintores como alternativa do carvão. Também se denomina assim a obra realizada com este lápis (17).

Lápis avermelhado, compacto, de cor castanho-avermelhada bastante escura, obtido a partir da hematite (principal minério do ferro). (1.p.108)

 

SANGUÍNEO

 

Pano sagrado, de cânhamo ou linho branco, de forma rectangular, usado para enxugar o cálice, bem como os dedos e os lábios do presbítero, após as abluções. É decorado por pequena cruz bordada ao centro e, em geral, tem orla com renda. (4.p.75)

 

SANITA

 

Objecto para as pessoas defecarem e urinarem, em posição sentada ou acocorada, que é aplicado no pavimento ligado a uma fossa asséptica ou a uma rede de esgotos. (2.p.83)

 

SANTICO

 

He o nome, que se dava antigamente às joyas de peyto com algua pintura ou esmalte. (35.p.481)

 

SANTUÁRIO

 

Mobiliário religioso. Ver MAQUINETA.

 

SAPATEIRA

 

Gaveta mais baixa de uma cómoda de quarto, de pés baixos, geralmente dissimulada e cuja função é a de guardar calçado. (3.p.89)

 

SAPECA

 

Um dos “Oito Objectos Preciosos”. Símbolo de riqueza. (14.p.279)   

 

SAPO

 

Emblema do inatingível. Evocado para obter riqueza. Símbolo da primavera, da chuva fertilizante e de sorte. (14.p.279)   

 

SARAPICO

 

Utensílio que serve para retirar pequenos excessos de ouro. Encadernação. (10) 

 

SARCÓFAGO

Na origem, o termo identifica a caixa alongada em madeira, pedra, metal ou em terracota, destinada a conservar o corpo dos defuntos (literalmente, sarcófago significa “comer a carne”, em grego). Os sarcófagos podem incluir inscrições, relevos e/ou esculturas e nas suas diferentes faces, assim como na cobertura. (8.p.141)

SARJA

 

Tecido leve de seda, ou lã, como uma espécie de trançado. (27.p.378)   

 

SARRIM

 

Pano tecido de uma erva de Bengala. (27.p.378)   

 

SARTÃ

 

Frigideira de frigir peixe. (27.p.378)   

 

SÁTIRO

 

Criatura da mitologia clássica, de rosto barbado e chifres, tronco de homem, cauda, pernas peludas de cabra e cascos fendidos. Enquanto servos de Baco, os sátiros podem aparecer coroados com uma láurea de hera e ser portadores de atributos correlatos. São utilizados para representar a Natureza indómita, a luxúria e libertinagem, figurando em inúmeros esquemas decorativos (p.ex., grotescos), quer na sua forma completa, quer como hermes ou mascarão (em metal, montagens para móveis, etc.). (25.p.351)

 

SAVAA

 

Alfaia litúrgica de tecido, não referida nos dicionários de antiguidades. Terá alguma ligação com savana, lençol, na acepção de toalha de altar. (40.p.272)

 

SAVANA


Não consta dos dicionários de antiguidades. Talvez “lençol”, pois ainda hoje “sabana” em castelhano tem esse significado. Aparecem citadas “savanas linulas” que seriam, então “lençóis de linho”. (40.p.272) 

SCHIACCIATO

Termo italiano que significa relevo “esmagado” ou muito baixo, usado em particular por Donatello. (8.p.141)

SCOGLIOLA

 

Técnica decorativa que consiste em preencher com uma massa de gesso em pó e cola de pele, os sulcos abertos na madeira que definem o desenho dos motivos. (40.p.272)

 

SCRIPTORIAS

 

Oficinas dos mosteiros e abadias onde os copistas se dedicavam à cópia de livros, à iluminura e à encadernação de livros. No singular, scriptorium. (10)

 

SEBASTO

 

Banda de tecido diferente ou bordado e delimitada por galão que se aplica como ornamento de alguns paramentos (capa, casula, dalmática). (4.p. 175)

 

SECAGEM

 

Acção lenta a que é sujeito um objecto cerâmico depois de conformado na argila mole, em ambiente natural ou de oficina, e a que corresponde à perda de cerca de 90% da água que a constitui, ganhando deste modo maior dureza, tornando-a apta para uma primeira cozedura. (2.p.118)

Processo durante o qual a argila perde grande parte da água que continha (8 a 15% do volume total), adquirindo consistência e estabilidade. Os objectos cerâmicos tornam-se também mais compactos e fáceis de manusear; a secagem reduz a possibilidade de os objectos se deformarem durante a cozedura. (12.p.143) 

 

SECANTE

 

Os secantes são aditivos de sais metálicos de chumbo, magnésio, cobalto, que se misturam com os aglutinantes oleosos ou vernizes, de modo a acelerar a sua secagem. O uso excessivo de secantes leva a frequentemente a um estalado na superfície da pintura, devida à retracção rápida da matéria. (1.p.108)

 

SECÇÃO

 

Espaço ornamental delimitado, espaço central de uma cartela ou moldura concebido para albergar uma imagem ou inscrição. (25.p.351)

 

SECO

 

Designa-se por pintura a seco a pintura mural efectuada a têmpera sobre a superfície seca do reboco, distinguindo-se da pintura a fresco, mais perene e de maior qualidade. O termo seco é também usado genericamente na pintura para designar de forma depreciativa a obra em que faltam qualidades de harmonia entre o colorido, a luz e a sombra, ou onde o desenho apresenta contornos duros. (1.p.108)

 

SECRETÁRIA

 

Mesa com gavetas, destinada a guardar os utensílios da escrita, ou documentos, apresentando no caso da banca de escrita, o tampo mais saliente lateralmente e pernas de secção quadrada e travejadas. Em alguns casos pode levantar parte do tampo e fixar-se com determinada inclinação. (3.p.95)

 

SECRETÁRIA DE CILINDRO

 

Móvel criado pelo marceneiro francês Deben, na segunda metade do século XVIII, que dispõe de uma superfície para escrita, sobreposta por alçado com gavetinhas. A zona de escrita com as gavetinhas, fecha-se por meio de um tampo convexo em quarto de círculo, composto por um conjunto de réguas horizontais unidas, que desenrolando de um cilindro disposto no interior, deslizam nas ranhuras dos painéis laterais. (…) Uma chave faz acionar o mecanismo. (3.p.97) 

 

SEDENTE

Qualidade de uma figura representada sentada. (8.p.141)

SEDIA GESTATÓRIA

 

Mobiliário religioso. Pequeno trono móvel para transporte do Papa. O Patriarca de Lisboa, por privilégio único, utilizava uma peça idêntica (exemplar no Tesouro da Sé de Lisboa). (3.p.115)

 

SEGREDO

 

Compartimento ou divisória, dissimulado no interior de um móvel para ocultar objectos de valor afectivo, simbólico ou material. Nalguns casos, para tornar o acesso mais difícil, dissimula-se ainda o processo de abertura. (3.p.86)

 

SEIXA

 

Espaço ocupado pelo material da encadernação e que não é ocultado pela Guarda. (23.p.36)

Superfície no interior do plano, que se prolonga para além do corpo do livro. (10)

SELGÃO

 

Sinónimo de “almadraque”. (40.p.272)

 

SELO

 

Peça de metal de variada forma, com uma face plana em que estão gravadas armas ou divisas heráldicas para selar (em lacre, cera, chumbo, etc.), alvarás, decretos e outros documentos importantes. Sinete.

SENHORINHA

 

Móvel de assento baixo e totalmente estofado. (3.p.57)

 

SÉPIA


Tinta de cor acastanhado-escura, usada no desenho e na aguarela. Sinónimo de teoria. Sucessão de esculturas do mesmo tipo (vulto ou relevo), dispostas com uma determinada ordem iconográfica.

SEQUÊNCIA

Cada escultura de uma sequência completa o sentido das esculturas que a precedem (exº sequência de imagens representando os Vícios e as Virtudes). (8.pp.141-142)

SEQUILÉ

Termo tradicional do Norte de Portugal para um alfinete de peito aparentado com a laça. (11.p.98)

Jóia em forma aproximada de losango, com pingentes, geralmente de ouro, podendo possuir diamantes (normalmente com talhe em rosa) encastoados. Podemos, no entanto, confirmar a hipótese levantada por José Rosa Júnior, segundo a qual este termo proviria da palavra “rosicler”. Deste modo, poderíamos acrescentar a seguinte evolução da palavra: rosicler, ruziqle, recilique, reciquilé e sequilé. Também podemos observar o termo “sacrile”. (39.p.229) 

 

SERAFIM

Figura celestial de um anjo representado com três pares de asas. (5.p.125)

SERGUILHA

 

Droga de lã mais tapada, que silício; à imitação desta se faz a de algodão, e a de seda. (27.p.394)   

 

SERIGRAFIA (TÉCNICA DE)

Técnica de decoração em que os motivos são transferidos para a chacota ou para o vidrado com o auxílio de bastidores de seda, onde foram previamente desenhados os elementos da decoração, distribuídas entre zonas cheias e vazias. Os bastidores actuam como uma estampilha não permitindo que os pigmentos  passem para determinadas áreas da imagem. (2.pp.118-119)

 

SERPENTEÃO

 

Instrumento musical, do grupo dos aerofones, utilizado em França, desde o século XVI, para acompanhar o cantochão. (4.p.183)

 

SERPENTINA

Artigo de iluminação ou candelabro com uma forma especial, muitas vezes adornado com cristal de rocha lapidado em diferentes configurações. (25.p.351)

Suporte para velas, com dois ou mais braços espiralados, fixo à parede da igreja. (4.p.35) Ornato com a forma semelhante aos dentes de uma serra. (5.p.126)

 

SERRILHA

Ornato com a forma semelhante aos dentes de uma serra. (5.p.126)

SERROTAGEM

 

Corte feito no lombo para alojar as cordas. Encadernação. (10)

 

SERROTAGEM DE REMATE

 

Pequeno corte feito nas pontas do lombo para alojar o encadeado que prende os cadernos uns aos outros. (10)

 

SERVIÇO

 

Conjunto de objectos diferentes que tem função determinada atendendo às necessidades práticas, alimentares e de higiene. (2.p.83) 

Conjunto de objectos que obedecem a uma mesma unidade formal e decorativa. Os objectos que o compõem podem assumir uma funcionalidade autónoma ou de complementaridade com os restantes elementos do conjunto. (5.p.106)

 

SERVIÇO DE CAFÉ

 

Conjunto de recipientes usados para o transporte e consumo de café, composto por cafeteira, leiteira, açucareiro, e chávenas de pequena dimensão com os respectivos pires. (2.p.83) 

 

SERVIÇO DE CHÁ

 

Conjunto de recipientes usados para o transporte e consumo de chá, composto por bule, leiteira, açucareiro, e chávenas de pequena dimensão com os respectivos pires. (2.p.84) 

Conjunto de objectos destinados ao serviço do chá. Contempla habitualmente um bule, uma chaleira, uma ou duas caixas para chá, um açucareiro, uma leiteira e uma taça de pingos, podendo no entanto esta composição ser alargada pela adição de outras peças complementares, como por exemplo um tabuleiro. Ocasionalmente, a chaleira pode ser substituída por um samovar ou uma urna. (5.pp.106-107) 

SERVIÇO DE CHÁ E CAFÉ

Conjunto de objectos destinados ao serviço do chá e do café. A sua composição elementar é semelhante à do serviço de chá, contemplando ainda uma cafeteira e, eventualmente, um tabuleiro. Para além destas, pode comportar um número variável de outras peças complementares. (5.p.107)

SERVIÇO DE ESCRITÓRIO

Conjunto de acessórios destinados à escrita. Pode apresentar designadamente os seguintes objectos: tinteiro, sinete, faca de papel, raspadeira, caneta de aparo, lapiseira, descanso para canetas, entre outros. (5.p.107)

SERVIÇO DE FARMÁCIA

 

Conjunto de recipientes para conter e preparar os componentes destinados à farmacopeia. (2.p.83) 

 

SERVIÇO DE FUMO

Conjunto de acessórios destinados ao fumo. É constituído basicamente por uma bandeja, uma charuteira ou cigarreira, uma fosforeira, um acendedor e um cinzeiro. (5.p.107)

SERVIÇO DE MESA

 

Conjunto de recipientes usados para o transporte e consumo de alimentos à mesa, podendo incluir acessórios tais como galheteiros, saleiros, pimenteiros e argolas de guardanapo. (2.p.84)

 

SERVIÇO DE TOILETTE

 

Conjunto de recipientes usados para higiene pessoal, geralmente composto por uma bacia, um balde, geralmente montado num móvel de madeira ou numa estrutura metálica, e que se completava com um jarro, uma saboneteira e uma caixa de escovas. (2.p.84) Conjunto de objectos destinados à higiene corporal. Comporta um número variável de peças, tais como: espelho com moldura e suporte posterior para armar, espelho de mão, gomil e bacia de água-às-mãos, frascos para perfumes, caixas de várias dimensões para pós e cosméticos, esponjeiras, caixas saboneteiras, caixas para escovas, cofre guarda-jóias, copo, escovas, um par de candelabros ou um par de castiçais, entre outras. (5.p.107)

 

SETIM

 

Seda, ou tecido de lã, com a superfície mui lisa, e lustrosa. (27.p. 399)

 

SFUMATO

 

Esfumado. À maneira de fumo. Diz-se de uma gradação extremamente suave no modelado que suaviza os contornos da figura ou da paisagem. É particularmente associado à pintura de Leonardo da Vinci e à gradação imperceptível que utilizava na passagem dos meios tons para a luz. (1.p.109)

Nome que se dá à transição leve e gradual de luz e sombra na pintura, suavizando portanto os contornos. 

 

SHEFFIELD PLATE

Metal compósito obtido através da fusão de uma fina folha de prata sobre uma porção mais grossa de cobre; processo descoberto em 1742 por Thomas Boulsover (1705-1788), em Sheffield. O agregado bimetálico era levado ao ponto de fusão e posteriormente laminado sob pressão de um cilindro que o convertia em folha de maior ou menor espessura, susceptível de ser trabalhada. Inicialmente o cobre era revestido a prata apenas de um dos lados e só mais tarde (após 1760) o metal precioso passou a ser aplicado em ambas as faces. Este processo foi industrializado em meados do século XVIII e utilizado até à primeira metade do século XIX, altura em que foi largamente suplantado quer por outras ligas de metal branco, quer pelo advento da galvanoplastia. O termo Old Sheffield Plate refere-se geralmente às peças executadas durante aquele período e o termo Sheffield Plate àquelas que foram feitas subsequentemente. (5.p.157)

SHIKISHI

 

Quadrados de papel para caligrafia ou pintura. (15.p.249)

 

SHOKKO-KIN

 

Tipo de padrão em forma de losangos, muitas vezes confundido com o padrão hanabishi (flores estilizadas). (15.p.249)

 

SHUFU

 

Literalmente, “Conselho de Estado”. O termo refere-se a um tipo de porcelanas brancas, cuja decoração comporta, muitas vezes, os caracteres shu e fu moldados em ligeiro relevo sob o vidrado. (14.p.279)

 

SIGILLATA

 

Cerâmica romana, de cor avermelhada com um revestimento brilhante e fino, com decoração relevada (métopas, frisos, grinaldas, etc.). Chama-se sigillata por ter no fundo o sigillum do fabricante (marca de fábrica).

SIGLA

 

Espécie de monograma. É utilizada como letra inicial em paleografia e epigrafia, com intenção de exprimir uma palavra ou um conjunto de palavras. (7.p.164)

 

SILHAR

 

Painel de azulejos para revestimento parietal, ocupando uma superfície que vai desde o chão até meio da parede. (2.p.84)

 

SILHUETA

 

É o desenho que representa o perfil de uma pessoa, segundo os contornos que a sombra dela projecta. (7.p.164)

 

SILÍCIO


Pano de lã grosseiro, que morde o corpo, mais raro que sirguilha. (27p.401) 

SÍMBOLOS DA PAIXÃO

Reprodução dos instrumentos usados no martírio de Cristo: a coroa de espinhos, os cravos, o chicote, a lança, a esponja embebida em vinagre e colocada numa vara. (5.p.126)

SINAL

 

Fita para marcação do livro. Encadernação. (10)

 

SINETA DE CORO

 

Pequeno sino, geralmente de forma cilíndrica, suspenso num campanário sobre o coro ou colocado no interior deste, no lado da Epístola. É utilizado nalgumas igrejas para marcar os momentos mais importantes de um ofício litúrgico. O som é produzido pelo movimento do badalo accionado por uma corda, ou pela percussão com um pequeno martelo accionado pelo sacristão ou pelo celebrante. (4.p.185)

 

SINETA DE SACRISTIA

 

Pequeno sino, suspenso junto à porta da sacristia que o sacristão faz soar, após a saída do celebrante, para anunciar o início da função litúrgica. (4.p.185) 

SINGERIE

 

O mesmo que macacaria. (2.p.92)

 

SINO DE IGRAJA

 

Instrumento de percussão, benzido e baptizado, suspenso no interior do campanário da torre sineira, utilizado para anunciar os ofícios litúrgicos, a morte de um defunto,o início de um determinado tempo litúrgico, etc. é feito de bronze e tem no interior um badalo; apresenta, geralmente, no exterior da pança, uma inscrição relativa ao nome que lhe foi dado. O som pode ser produzido pelo movimento do corpo do sino ou do badalo, movidos por uma corda, ou pela percussão de um martelo eventualmente empunhado por uma estátua semi-movente. (4.p.185)

 

SINOPIA

 

Embora hoje se use este termo italiano, no português arcaico aparecem-nos como sinónimos sinobre, sinopera ou sinopla. Trata-se de um pigmento vermelho (óxido de ferro) extraído da região de Sinopia, no Mar Negro. Este pigmento foi frequentemente usado pelos pintores italianos para o desenho preparatório das composições murais, de forma que o termo passou a designar esse mesmo desenho. As técnicas de destacamento de pinturas murais (stacco ou strappo) permitiram a retirada para outros suportes da camada pictural dos frescos, deixando à vista este desenho subjacente à pintura. (1.p.109)

 

SIRGO

 

O mesmo que “bicho-da-seda”. (40.p.272)

 

SÍTULA

 

Recipiente para água benta, de grandes dimensões e forma troncocónica, utilizado na Alta Idade Média. (4.p.119) 

 

SOBRADO

 

O solho, ou pavimento do andar da casa, por cima, e mais alto que o pavimento térreo, andar. (27.p.407)

 

SOBRECABECEADO

 

Ver REQUIFE. Encadernação.

 

SOBRECEU

 

Ver SOBRECÉU.

 

SOBRECÉU

 

Guarda-pó que fica por cima. (27.p.408)

O mesmo que guarda-pó. Resguardo avançado colocado nos retábulos sobre as pinturas para proteger do pó. Por vezes eram providos de cortina para protecção da imagem, que se abriam consoante as datas festivas e o calendário litúrgico. (1.p.109)

Dossel, pavilhão, capelo. Cobertura de leito suspensa por colunas. (30.p.260)

 

SOBREMESA

 

Pano decorativo destinado a cobrir as bancas de trabalho e de aparato. (40.p.272)

 

SOBREPELIZ

 

Veste superior, usada por todos os clérigos assistentes ao coro, bem como chantres, sacristãos e os meninos de coro, sobre a sotaina e, eventualmente, sobre o roquete. De tecido leve, linho, cãbnhamo ou algodão branco, é uma veste solta, larga e curta acima dos joelhos, de mangas largas, pregueadas ou em forma de aba redonda; pode também apresentar-se sem mangas, com fendas laterais para deixar passar os braços. É raramente iornamentada, à excepção do decote, ombros, na extremidade das mangas e na orla inferior. (4.p.175)

 

SOBREPELIZ REDONDA

 

Sobrepeliz talhada em círculo, sem mangas, comum orifício central para enfiar a cabeça, ajustando-se ao pescoço por um cordão de correr, sem qualquer ornamento. Este modelo era tradicional em Portugal. (4.p.176)

 

SOCO

 

Guarnição metálica que protege a extremidade do pé de um móvel, nomeadamente as estruturas revestidas com outras madeiras. Pequena base em madeira pouco visível, de vários formatos, em que assenta o pé, resguardando-o do contacto com o chão. (38.p.234)

 

SOENGA

 

Técnica de cozedura simples, em fogueira. Cova aberta no solo, onde se empilham os recipientes cerâmicos e o combustível. As peças são empilhadas umas sobre as outras, no centro da cova, dispondo-se à volta e por cima a lenha destinada à cozedura. Terminologia etnográfica, particularmente aplicada à cozedura de cerâmica em Molelos, mas que tem sido usada para casos etnográficos e arqueológicos de outras regiões do país. (12.p.143)

 

SOFÁ

 

Assento de origem oriental, caracterizado por ser geralmente estofado e possuir apoio de braços. (3.p.59)

Assento colectivo com estofos no assento e encosto, com braços. No Oriente, estrado alto e coberto com tapetes. (30.p.260)

 

SOGA

 

Cordão de espessura extraordinária, com um peso que pode chegar às mil gramas de ouro e cujo nome deriva das grossas cordas que se usavam nos bois – as sogas. (11.p.99)

 

SOLA

 

Couro grosso, cru ou curtido que se emprega em espaldares, assentos e no revestimento de baús, arcas e canastras. (30.p.260)

 

SOLA PICADA

 

Sola perfurada com vazados circulares distribuídos simetricamente, para refrescar os assentos. Empregado em canapés e cadeiras baianas, da segunda metade do século XVIII. (30.p.260)

 

SOLIA

 

Hma droga de lã vulgar usada antigamente. (27.p.414)

 

SOLIDÉU

 

Pequena cobertura circular para a cabeça usada durante quase todo o ofício litúrgico pelo conjunto do clero e, por vezes e apesar das interdições pelos meninos do coro. Usado a cobrir apenas a parte superior do crânio, apresenta-se em forma de calote, geralmente dividida em seis panos, e t5em no cimo uma pequena argola. (4.p.163)

 

SÓLIO

 

Ver CADEIRA EPISCOPAL.

 

SOLITÁRIO

 

Jarra de pequenas dimensões que comporta apenas uma flor. (2.p.84)

 

SOMBRA

 

Em pintura, a sombra não designa apenas a projecção de um corpo sobre uma superfície, mas toda a parte de menor iluminação que contribui para a imagem volumétrica dos objectos e das figuras. Podem ser mais ou menos profundas, consoante a intensidade do claro-escuro. A aplicação das sombras diz-se sombrear, e a sua distribuição é uma parte essencial da composição pictural. (1.p.109)

 

SOMBREADO

 

Ver ESFUMADO.

 

SOMBRINHA DE CERIMÓNIA

 

Um dos “Oito Emblemas Budistas”. Insígnia de dignidade. (11.p.279)

 

SOPEIRA

 

Tigela para sopas. (27.p.419)

Ver TERRINA.

 

SOPEIRO

 

Tigela sopeira. A que tem fundos para sopas. (35.p.726)

 

SOSTIFU

 

Tecido usado em forros, não referido nos dicionários de antiguidades. (40.p.272)

 

SOTAINA

 

Veste talar usada por todos os clérigos, meninos de clérigos, meninos de coo e, eventualmente, poo e, eventualmente, por cantores laicos e mestres de cerimónias, sob os outros paramentos litúrgicos, nas diversas funções dentro da igreja. É abotoada à frente, de alto a baixo, e ajusta-se ao corpo por uma faixa ou cordão (faixa de sotaina). O tecido e a cor correspondem à dignidade de quem a usa: vermelho ou branco, para o Papa; vermelha para um cardeal; roxa para um bispo; preta para um clérigo de nível inferior. (4.p.179)

 

STATIONARII

 

Profissionais responsáveis pela revisão e inspecção das cópias, que actuavam sobre a qualidade das reproduções feitas nas Universidades. (10)

 

STRASS

SUAÇUCANGA

 

Madeira brasileira branca que substituía o marfim na decoração de alguns móveis brasileiros do período colonial. (30.p.260)

 

SUÁSTICA

 

Símbolo budista do coração de Buda. Motivo simbólico comum a várias civilizações. Na China é usada como sinónimo de wan que significa dez mil. É vista como um símbolo de longevidade sem fim “wan show”. (14.p.279)

 

SUAVE

 

Diz-se do colorido harmónico e sem fortes contrastes.

 

SUCUPIRA

 

Madeira pesada e muito dura, geralmente proveniente do Brasil, de tonalidades que vão do pardo-acastanhado ao castanho-escuro. Apresenta superfíie com pouco brilho, áspera e com aspecto fibroso. (38.p.234)

 

SUDÁRIO

 

Tecido de linho que era colocado junto ao celebrante, durante a misa, sendo utilizado como lenço. Com um cordão e anel, podia ser atado à parte superior do bácu(1.p.109)lo, da cruz processional, da massa de coro ou a um dedo da mão. Progressivamente, o sudário tornou-se uma insígnia da dignidade eclesiástica. (4.p.76)

 

SUEHIRO

 

Leque de dobrar. (15.p.249)

 

SUMIE TOGIDASHI

 

Forma de togidashie que imita a pintura a tinta. (15.p.249)

 

SUPEDÂNEO

 

Mobiliário religioso. Plataforma executada em madeira que remata os degraus de altar; pode apresentar algum tipo de decoração (ex. altares da Basílica da Estrela). (3.p.115)

Degrau onde o altar assenta directamente ou estrado de madeira colocado sobre o último degrau e sob os pés do celebrante. Pode ser decorado. (4.p.24)

 

SUPORTE

 

Matéria-base sobre a qual é aplicada a preparação e a camada cromática. Os suportes mais usuais são a tela, a madeira e o cobre, para além da pintura mural, que se aplica sobre a parede. No entanto encontramos os mais variados materiais, desde o papel e o cartão até ao marfim, o pergaminho e o couro e uma enorme variedade de metais. Na descrição do suporte deve ter-se em conta não só a sua identificação, mas também a sua construção material, formas de união e integridade. (1.pp.109-110)

O suporte é o elemento material que suporta a obra de arte.

SUPORTE DE VELAS VOTIVAS

 

Suporte de pé ou fixo à parede, geralmente em ferro, com um elemento em forma de tabuleiro ou travessa, disposto num ou em vários planos escalonados e munido de bocais para receber velas ou lamparinas votivas. É colocado na proximidade de uma representação religiosa, particularmente venerada. (4.p.61)

 

SUPORTES DE BRAÇOS

 

Elementos verticais servindo para suportar a extremidade çivre do braço do móvel. Podem estar no prolongamento das pernas dianteiras ou recuados em relação a estas. (3.p.62)

 

SUPRA-HUMERAL

 

Espécie de romeira muito curta, reduzida a um largo colar em tecido branco ou com trama dourada, coberto de pedras preciosas e vidros, frequente na Idade Média e usado ainda por alguns bispos, como o de Nancy. (4.p.176)

 

SURDA

 

O contrário de vibrante. Diz-se da cor com pouca vivacidade de luz. (1.p.110)

SURTOUT

Ver CENTRO DE MESA

 

SUSPENSÃO DA TAMPA DA PIA BAPTISMAL

 

Aparelho situado junto à pia baptismal para içar, baixar e deslocar a tampa, se esta for particularmente pesada. (4.p.57)

 

SUZURIBAKO

 

Caixa para acessórios de escrita incluindo uma pedra e pau de tinta, um gotejador de água e pincéis. Por vezes en suite com uma caixa para papel. (15.p.249)

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